O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), aconselhou os encarregados de educação a não permitir que os filhos frequentem aulas presenciais a partir desta quinta-feira, devido ao contexto pandémico, de acordo com uma nota no Facebook.

“Aconselho todos os encarregados de educação, na medida que possam, que não deixem os nossos jovens frequentar aulas presenciais”, refere o autarca, no comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

Carlos Carreira avança ainda que tem estado a aguardar a decisão do Governo sobre o encerramento das escolas, mas não tem dúvidas de que será decretado na próxima semana.

A situação está grave e não se perspetiva que melhore nos próximos dias e considero que não devemos perder tempo”, diz.

O autarca reitera que caso os encarregados de educação “tenham possibilidades” não deixem os filhos ir à escola a partir desta quinta-feira.

A ministra da Saúde afirmou quarta-feira que o encerramento imediato das escolas é uma possibilidade face à situação epidemiológica do país, que se agravou nos últimos dias, uma medida que deve ser analisada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

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“Há momentos, no regresso do primeiro-ministro de reuniões no exterior, fizemos uma reunião por zoom e estivemos a discutir vária informação que hoje, ao final da tarde, o grupo de peritos, de epidemiologistas e técnicos de saúde que habitualmente connosco reúne no Infarmed, nos transmitiu”, afirmou Marta Temido na “Grande Entrevista” da RTP3.

Questionada pelo jornalista Vítor Gonçalves se “em cima da mesa está a possibilidade de fechar, de imediato, as escolas”, a ministra da saúde respondeu que “sim”.

Portugal registou esta quarta-feira 219 mortes relacionadas com a Covid-19 e 14.647 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim revela também que estão internadas 5.493 pessoas internadas, mais 202 do que na terça-feira, das quais 681 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 11, dois valores que também representam novos máximos da fase pandémica.

O número de internamentos está a subir desde o dia 1 de janeiro, dia em que estavam 2.806 pessoas internadas.