Poucos minutos depois de terminar a reunião com o primeiro-ministro, a ministra da Presidência e os ministros da Educação e do Ensino Superior, Marta Temido admitiu esta quarta-feira à noite que a evolução galopante da pandemia em Portugal “traz algumas alterações às estimativas” do Governo e que “provavelmente obrigará a novas reflexões de medidas a tomar”. No entanto, atirou a decisão final sobre o encerramento das escolas, reclamada por muitos, para o Conselho de Ministros, agendado para esta quinta-feira.
Sobre os casos da variante inglesa, a ministra da Saúde assumiu que atualmente “possam ser 20% os casos de infeção desta variante” e que se estima “que os valores possam atingir os 60% dentro de mais uma semana, até ao final do mês”. Graças a este “novo fator”, a situação no país “mudou, agravou-se”.
O aumento de casos diários e também do número de óbitos, deixa o SNS perto da rutura. “Neste momento sinto que estamos muito próximos do limite e há situações em que já estamos no limite”, referiu, sublinhando a situação “muitíssimo complexa” dos hospitais na Grande Lisboa, onde “os meios são reutilizados e reinventados e o esforço humano é redobrado”. “Para tudo há limites e neste momento os números que enfrentamos são números poderosíssimos com os quais nunca julgámos ser confrontados. A estimativa é que esta tendência se vai agravar nos próximos dias.”
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