Depois de seis vitórias consecutivas, o Real Madrid acabou o ano de 2020 com um empate fora com o Elche para a Liga mas começou 2021 com um triunfo seguro na receção ao Celta de Vigo por 2-0. Longe iam os tempos vividos em outubro, quando o lugar de Zinedine Zidane foi colocado em causa perante o risco de não passar aos oitavos da Liga dos Campeões e a distância para o rival Atl. Madrid no Campeonato. No entanto, e apenas em duas semanas, tudo mudou. Mais uma vez, o lugar do técnico volta a ser colocado em causa. E agora por outra razões.

Depois de um polémico empate sem golos em Pamplona frente ao Osasuna na Liga, que levou os merengues a fazerem duras críticas à Liga por terem alegadamente sido obrigados a viajar em condições pouco recomendáveis e mais tarde serem privados de regressar devido às difíceis condições do tempo (e da neve) que se faziam sentir, o Real Madrid perdeu com o Athl. Bilbao na meia-final da Supertaça e, seis dias depois, caiu com estrondo na Taça com uma inesperada derrota com o Alcoyano, da 3.ª Divisão, equipa com um orçamento de… 700 mil euros.

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Com Sergio Ramos, Varane e Modric fora da ficha de jogo, o central Éder Militão inaugurou o marcador em cima do intervalo mas José Solbes, a nove minutos dos 90′, conseguiu empatar e levar de forma surpreendente o jogo para prolongamento. No entanto, a humilhação histórica do Real Madrid ia apenas a meio: apesar de Toni Kroos, Karim Benzema, Hazard e Asensio terem ido a jogo (só faltou Mendy), o Alcoyano não se encolheu mesmo quando viu Ramón López Oliván expulso (110′) e Juanan fez o 2-1 a cinco minutos do final dos 120′.

“Saída? Sei que quando se perde se falam sempre algumas coisas… Assumo a responsabilidade e pode acontecer o que tiver de acontecer, estou tranquilo. Quando estamos em campo queremos sempre ganhar, tentamos mas às vezes as coisas não saem. Assumo a derrota e vamos ver como será nos próximos dias. Derrota mais dolorosa? São todas, não esta em particular. Não gosto de perder, aos jogadores muito menos. Sou o treinador e assume este desaire. Ridículo? São as suas palavras, não as minhas… Isto é futebol. Jogámos contra uma equipa da Segunda B, devíamos ter ganho mas não é nenhuma vergonha, não é isso tudo. São coisas que acontecem”, comentou no final do encontro o técnico francês, apontado como principal culpado do momento da equipa.