A Câmara de Oeiras assegurou esta quinta-feira a distribuição de refeições aos alunos carenciados, bem como apoio psicológico aos alunos e famílias, na sequência da decisão do Governo de encerrar as escolas.

“Determinado em garantir que em plena pandemia ninguém neste concelho passe necessidades, nomeadamente no que à alimentação diz respeito, o município de Oeiras vai continuar a disponibilizar refeições aos alunos carenciados durante o período em que as escolas se vão manter encerradas”, indicou a autarquia num comunicado.

De acordo com a nota, o fornecimento de refeições estará disponível para alunos e famílias com escalão A ou B, prevendo-se que beneficiem deste apoio 3.779 crianças e alunos, desde o Jardim de Infância ao Secundário.

A distribuição das refeições será feita em 11 escolas dos 10 Agrupamentos Escolares e Escola Não Agrupada do Concelho, a saber-se as escolas básicas de Porto Salvo, Conde de Oeiras, Joaquim de Barros, em Paço de Arcos, S. Bruno, em Caxias, Sophia de Mello Breyner, em Carnaxide, Alto de Algés, João Gonçalves Zarco, em Dafundo, e a Prof. Noronha Feio, em Queijas, que também serve a freguesia de Barcarena.

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Vão servir também refeições as escolas secundárias Quinta do Marquês, em Oeiras, Sebastião e Silva, em Oeiras e Camilo Castelo Branco, em Carnaxide. “Para beneficiar deste apoio, as famílias devem sinalizar a necessidade junto das coordenações e direções escolares”, indicou a autarquia.

Além disso, a câmara liderada por Isaltino Morais disse ainda que vai disponibilizar “apoio psicológico para os alunos e famílias” e que “haverá serviço de acolhimento para educandos de profissionais mobilizados para o desempenho de funções essenciais”.

No comunicado, a autarquia recorda que esta medida também foi tomada pela autarquia durante o primeiro encerramento das escolas por causa da pandemia, “tendo então sido apoiadas diariamente cerca de 450 famílias (…) num total de cerca de 140 mil refeições servidas, o que consistiu num investimento municipal de mais de 290 mil euros”.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus. António Costa justificou a medida, por “princípio de precaução”, com o aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 8% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.

Portugal registou esta quinta-feira 221 mortes relacionadas com a Covid-19, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia, e 13.544 casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde. Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 9.686 mortes associadas à Covid-19 e 595.149 infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2.