A Câmara da Covilhã vai lançar um projeto baseado em leituras por telefone, que visa fazer companhia às crianças com mais dificuldades, durante o tempo da pausa letiva decretada pelo Governo face à Covid-19, informou esta sexta-feira aquele município.
A ação será realizada através da Biblioteca Municipal, dos serviços da Educação e da Ação Social e consistirá na realização de contactos telefónicos em que os técnicos podem contar uma história ou ler uma poesia, fazendo assim companhia à criança e evitando uma paragem total na aprendizagem, segundo explicou a vereadora da Cultura deste município do distrito de Castelo Branco, Regina Gouveia.
Segundo especificou, o projeto terá como ponto de partida as crianças mais vulneráveis e cujo enquadramento familiar apresente mais fragilidades ao nível da capacidade de acompanhamento letivo, podendo ser alargado a mais situações.
Além disso, também deverá abranger idosos isolados, acrescentou.
Regina Gouveia garantiu ainda que, tal como aconteceu na primeira vaga da pandemia, o município continuará a fornecer as refeições escolares às crianças que precisem, designadamente dos escalões A e B.
As famílias estão esta sexta-feira a ser contactadas, caso a caso, para verificar a situação, pelo que a autarquia ainda não tem o número de refeições que terá de entregar, mas, na primeira vaga, esse apoio abrangeu 100 crianças.
No âmbito da suspensão das atividades letivas, a autarquia também já garantiu que o concelho terá uma escola e uma creche (Frei Heitor Pinto e infantário Mundo da Fantasia da Santa Casa da Misericórdia) para acolher os filhos de trabalhadores prioritários, como profissionais de saúde, bombeiros ou outros.
Noutra vertente, foi ainda criada mais uma linha de apoio social de proximidade, que reforçará as duas outras duas linhas já existentes ao nível de apoio psicológico e entrega de bens e medicamentos.
Esta linha resulta de uma articulação da autarquia e do CLDS.4G.Covilhã (Contrato Local de Desenvolvimento Social) e terá especial incidência no apoio e proteção de idosos em situação de isolamento ou maior fragilidade.
O telefonema é gratuito, tem confidencialidade garantida e pode ser realizado por todos, incluído vizinhos ou amigos que conheçam situações de pessoas que precisem de apoio.
O atendimento telefónico é prestado por uma equipa multidisciplinar de profissionais do Centro de Ativ’Idades (CAI) e do CLDS, através dos números 275 30 656 e 275 330 657.
