O novo EQA é a resposta da Mercedes para concorrer com os SUV eléctricos do segmento C, com comprimentos na proximidade dos 4,5 metros, como os igualmente novos Volvo XC40 Recharge e VW ID.4 e o futuro Nissan Ariya. Face ao Mercedes GLA, o SUV em que se baseia o EQA, as dimensões não sofrem alterações, nem mesmo as características mais evidentes do design, mas assume preponderância a nova grelha que o construtor alemão monta nos seus eléctricos, elemento visualmente atraente, bem como uma traseira em que os farolins são interligados por um elemento horizontal reflector.

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A base para o EQA é a mais recente versão do SUV GLA, de quem herda a plataforma integral, uma vez que ainda mantém o túnel onde passa o escape ou a transmissão nas versões com motores de combustão, como é possível ver no vídeo (ao minuto 2.10) que o construtor divulgou sobre o processo de produção, na fábrica alemã de Rastatt.

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Que motores e baterias monta?

A única versão do EQA divulgada pela Mercedes é a 250, que monta um motor eléctrico à frente, com 190 cv e 375 Nm de força (fabricado pela ZF), que lhe permite ir de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e atingir um máximo de 160 km/h. A alimentar este SUV eléctrico, com 4,463 metros de comprimento e 2,729 m de distância entre eixos, está um pack de baterias com uma capacidade total de 79,8 kWh.

Talvez para garantir a longevidade deste acumulador de iões de lítio, a Mercedes decidiu oferecer a si própria uma enorme margem de segurança, à semelhança do que já acontece com o EQC 400, cuja bateria de 93 kWh apenas permite ao condutor aceder a 80 kWh. O EQA monta uma bateria com 66,5 kWh úteis, mas o cliente carrega diariamente o peso correspondente aos 79,8 kWh que a Mercedes instalou a bordo. Mais uma vez, cerca de 13 kWh de margem de segurança.

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Para recarregar a bateria, o EQA monta um carregador interno capaz de aceitar até 11 kW, se ligado a um ponto de carga AC (corrente alterna), para depois nos postos de carga rápida (em DC, corrente contínua) conseguir carregar a 100 kW.

Até onde vai e quanto custa?

A autonomia do EQA 250 é de 426 km em WLTP, mas o SUV com um Cx de 0,28 vai ter direito a outras versões em matéria de motorizações, propondo três níveis de equipamento, onde o Base é o mais acessível e os Electric Art e AMG Line são os mais sofisticados e onerosos, com mais soluções de conforto e de entretenimento. Depois de o EQA 250 surgir em Abril, com apenas tracção à frente, a Mercedes está preparada para lançar uma versão mais potente, com dois motores (um por cada eixo para garantir tracção 4×4), e uma segunda versão com uma bateria de maior capacidade, para elevar a autonomia.

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Por dentro o EQA oferece o mesmo espaço do GLA, uma vez que o pack de baterias está montado sob o chassi, explorando parte do espaço que separa o chassi do solo. A bagageira disponibiliza 340 litros, menos 95 do que os oferecidos pelas versões com motor a combustão.

A chegada do EQA 250 a Portugal está prevista para Abril, por um valor que deverá ficar ligeiramente abaixo dos 54.000€, bem abaixo dos 79 mil euros do EQC 400 (com autonomia similar), mas acima dos 46 mil euros do VW ID.4 First, com 510 km de autonomia e potencialmente mais equipamento, uma vez que é uma versão mais dotada.