A Inspeção-Geral do Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação a suspeitas de tentativa de reverter a vitória do atual presidente norte-americano, nas eleições presidenciais do ano passado, noticia o The New York Times. O objetivo é apurar se algum atual ou antigo funcionário tentou de alguma forma reverter os resultados conseguidos por Joe Biden.

A investigação foi anunciada esta segunda-feira num comunicado emitido pelo gabinete do inspetor-geral, Michael E. Horowitz. E vem na sequência de um artigo publicado pelo The New York Times que denunciava as pressões de Jeffrey Clark, um dos advogados mais importantes do Departamento de Justiça, que tentou pressionar alguns líderes norte-americanos a publicamente afirmarem que as investigações de fraude eleitoral no Colégio Eleitoral teriam fundamento.

Donald Trump chegou mesmo a equacionar substituir o inspetor-geral da altura, Jeffrey A. Rosen, por Jeffrey Clark para levar o plano avante.

Todas as alegações de funcionários e de ex-trabalhadores vão agora ser examinadas. A investigação centrar-se-á no Departamento de Justiça, já que Horowitz não tem poder suficiente para inquirir outros gabinetes da administração Trump.

Esta não é a primeira investigação levada a cabo pelo Departamento de Justiça, que também está a averiguar se funcionários do ex-Presidente dos EUA pressionaram Byung J. Pak, procurador de Atlanta, a apoiar a hipótese de que houvera fraude eleitoral no estado da Geórgia, tradicionalmente republicano, mas que acabou por ser ganho por Joe Biden.

Também o Comité Judiciário do Senado abriu um inquérito para averiguar se Trump e Jeffrey Clark pretendiam utilizar a instituição para subverter os resultados eleitorais.

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