Macau registou menos conflitos laborais em 2020, quando comparado com o ano anterior, anunciaram esta quarta-feira as autoridades.

A Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) afirmou que “a tendência dos casos de conflitos laborais tem vindo a decrescer”.

Em 2020, ano marcado pela pandemia e pela perda de postos de trabalho devido à crise económica no território, muito dependente do turismo e da exploração do jogo, a DSAL instaurou 1.519 processos relativos a conflitos laborais, que envolveram 2.841 trabalhadores.

Em 2019 a mesma entidade instaurou 1.729 processos, que envolveram 3.659 trabalhadores.

Ou seja, num ano verificou-se uma diminuição de 12% no número de casos e de 22% de trabalhadores queixosos, de acordo com as autoridades.

No ano passado, de entre os 1.519 casos, 1.001 respeitam a queixas relativas a salários em dívida e despedimento, abrangendo 1.882 trabalhadores.

Também aqui se verificou uma redução: em 2019 foram 1.167 casos (-14%) e 2.302 trabalhadores queixosos (-18%).

Macau anunciou o primeiro caso da Covid-19 no território em 22 de janeiro e, desde então, tem vindo a sofrer o impacto económico e social da pandemia, sendo os mais visados os trabalhadores não-residentes, ou seja, aqueles com permissão de residência enquanto possuírem visto de trabalho.

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Na segunda-feira, os últimos dados da DSAL aprontavam para a perda de quase 19 mil trabalhadores não-residentes.

Em dezembro de 2019, Macau contabilizava 196.538 trabalhadores não-residentes. Em dezembro de 2020, o território registava 177.663, ou seja, menos 18.875.

A maioria da perda verificou-se entre os trabalhadores oriundos do interior da China. Se no final de 2019 eram 122.534, um ano depois a DSAL registou apenas 112.214, ou seja, menos 10.320.

De acordo com os dados oficiais, o número de trabalhadores filipinos e vietnamitas, segundos e terceiros com mais peso entre os não-residentes, diminuiu de 33.781 para 31.228 e de 14.804 para 12.491, respetivamente.