O YouTube informou na terça-feira que suspendeu o canal do advogado do ex-Presidente dos Estados Unidos do programa de monetização de vídeos por violar repetidamente regras da plataforma em matéria de desinformação sobre as eleições.

A plataforma de vídeo do Google confirmou à agência de notícias France-Presse (AFP) que o canal de Rudy Giuliani foi temporariamente suspenso. O advogado já não tem acesso a determinadas funcionalidades e já não recebe receitas da venda de anúncios difundidos antes de um vídeo começar a ser reproduzido.

O ex-autarca de Nova Iorque alimentou as teorias da conspiração apoiadas por muitos dos familiares de Donald Trump de que as eleições presidenciais foram manipuladas a favor de Joe Biden.

Rudy Giuliani tinha lançado a acusação, no programa no YouTube, que as máquinas eleitorais da Dominion Voting Systems ajudaram a “roubar a eleição” ao ex-Presidente republicano.

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A empresa processou Giuliani na segunda-feira por difamação e exige 1,3 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros) em danos por prejudicar a reputação e pôr em perigo os trabalhadores.

O YouTube, tal como outras grandes redes sociais, tomou medidas para proteger a integridade dos processos democráticos, tais como a remoção de conteúdos que sugeriam fraude ou problemas técnicos que alteraram o resultado das eleições presidenciais norte-americanas.

A plataforma de vídeos esclareceu que os canais retirados do programa de monetização podiam apelar ou apresentar de novo uma nova candidatura no prazo de 30 dias, desde que os problemas tivessem sido resolvidos.

O YouTube foi recentemente criticado pela aparente relutância em banir Donald Trump, como o fizeram as redes sociais Twitter e Facebook, na sequência dos motins do Capitólio em 6 de janeiro.

A plataforma suspendeu simplesmente todos as novas publicações no canal oficial do antigo chefe de Estado norte-americano.

“Tendo em conta as preocupações sobre a potencial violência, o canal de Trump não poderá publicar novos vídeos ou vídeos em direto durante um mínimo de sete dias”, informou em 19 de janeiro.