A Câmara de Coimbra começou esta semana a fornecer diariamente 1.200 refeições em regime de take-away a 600 alunos do ensino obrigatório, anunciou esta quinta-feira o presidente do município.

“Não queremos mesmo deixar ninguém para trás, nem queremos que alguém passe fome”, disse Manuel Machado à agência Lusa, no final de uma visita ao Centro Escolar do Loreto, para se inteirar do trabalho de entrega das refeições escolares na zona norte da cidade.

Por dia, os alimentos distribuídos incluem um almoço e uma merenda para cada criança ou jovem inscrito no programa de emergência, criado pela Câmara para atenuar o impacto da terceira vaga da pandemia da Covid-19 nos estudantes.

Manuel Machado esclareceu que as refeições são gratuitas, podem ser levantadas em 34 pontos de recolha organizados para o efeito e abrangem “todos os que sentirem necessidade, independente do escalão em que estejam”.

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“Até ao 12.º ano, não queremos que as crianças e os jovens passem fome em casa”, acrescentou, realçando a importância de o município dar o seu contributo para que “as pessoas não percam a esperança” durante a atual crise sanitária.

Este serviço de ajuda extraordinária às famílias “está a funcionar muito bem, com apoio das escolas”, cujas direções têm assegurado “uma cooperação ativa muito estimulante”, afirmou.

Pela segunda vez, à semelhança da primeira vaga da Covid-19, em 2020, a Câmara de Coimbra “fornece refeições escolares a todas as crianças e jovens que delas necessitarem”, em regime de take-away, um serviço que funciona das 11h30 às 14h15, em locais de recolha em todas as freguesias do concelho.

“Uma medida que (…) voltou a empreender desde a passada segunda-feira, tal como em março do ano passado, depois de as atividades letivas e não letivas nas escolas de todos os graus de ensino serem novamente suspensas devido à pandemia”, segundo uma nota da autarquia.

Os locais de recolha das refeições “poderão ser reajustados em função do número de alunos apoiados e do local de residência”, de acordo com um despacho emitido pelo presidente da Câmara, na sexta-feira, através do qual cria este apoio temporário.

“As quantidades são calculadas de véspera”, em função dos pedidos, disse à Lusa o autarca, que é também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Em 2020, eram então distribuídas 200 refeições por dia, através de pontos de recolha em cada freguesia, cujo número aumentou agora para 34.

“Decidimos alargar, para evitar a concentração de pessoas e não colocarmos riscos acrescidos”, explicou Manuel Machado.