A nova variante da Covid-19 descoberta no Brasil está a provocar um novo colapso em Manaus, epicentro do novo surto. Este é o segundo grande momento crítico na região depois do esgotamento na rede de oxigénio vivido há umas semanas.

Como divulga o jornal brasileiro UOL, a nova variante voltou a sobrelotar as unidade de saúde de Manaus e a colocar os níveis de oxigénio perto do zero. Em certos casos, o consumo diário foi superior a onze vezes.

O UOL também revela que os Estados Unidos vão enviar uma ajuda de 1,6 milhões de reais (cerca de 243 mil euros), um valor direcionado à produção de oxigénio para apoiar os hospitais locais.

Devido à crise sanitária em Manaus, o governo dos EUA criou a iniciativa Juntos Pelo Amazonas para adquirir cuidados hospitalares e para apoiar as ações de combate à Covid-19 no estado do Amazonas”, realçou o governo americano, em comunicado.

Além de já ter tido um dos piores surtos de Covid-19 durante o mês de abril e maio, com 348 mortes, este mês de janeiro foi o mais mortal em Manaus desde o início da pandemia, cerca de 1.333 vítimas mortais.

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De acordo com informações dadas à CNN por epidemiologistas, esta situação crítica resulta do aparecimento da nova variação brasileira.

Investigadores da Fiocruz, uma instituição brasileira de saúde, fez um estudo em 90 pessoas infetadas na localidade de Manaus e concluiu que 66 delas contraíram a nova variante da Covid-19.

Ainda, estes investigadores demonstraram que um dos casos infetados com a nova variante tinha anticorpos criados aquando de uma infeção anterior. Apesar de afirmarem que “um caso não é motivo para generalizar”, a Fiocruz ressalva que isto pode sugerir que há risco de reinfeção com a nova variante.

Manaus é uma das zonas mais afetadas pela pandemia no Brasil devido a ser uma porta de entrada para o país, seja de barco ou avião.

A pandemia de Covid-19 já infetou mais de 102 milhões de casos e matou 2.203.000 milhões de pessoas em todo o mundo, com os Estados Unidos a liderarem esta lista.