Os utentes do Metropolitano de Lisboa estão satisfeitos com as medidas de higienização em tempos de pandemia, mas pedem uma maior frequência de comboios e a redução do tempo de espera.

Estas foram algumas das conclusões de um inquérito de satisfação realizado em outubro do ano passado e esta sexta-feira divulgado pela empresa.

“O índice de satisfação dos clientes do Metropolitano de Lisboa aumentou em 2020 para o valor mais alto de sempre. A subida para 7,52, numa escala de 0 a 10 pontos, significa uma variação positiva de 2,31% face a 2019”, revela o inquérito.

Segundo o estudo, realizado pela consultora Nielsen, 57% dos inquiridos avaliaram a globalidade das medidas adotas em período de pandemia com as três notas máximas do inquérito (8 a 10).

Quando analisados especificamente os vários componentes de serviço – oferta de serviço, acessibilidade, informação disponibilizada, tempo, condições e conforto, segurança e apoio ao cliente – todos os atributos avaliados aumentaram em 2020.

Globalmente, os resultados indicam que o cliente valoriza “um meio de transporte rápido e eficaz, que presta um serviço com todas as condições de segurança”.

As boas ligações entre linhas do metropolitano e com outros modos de transporte também foram destacadas, segundo o inquérito.

Quanto a sugestões de melhoria do serviço, os clientes do Metropolitano de Lisboa sugerem aumentar a frequência de comboios, reduzir o tempo de espera e ter mais vigilância.

O inquérito de satisfação do cliente foi realizado entre 3 e 30 de outubro de 2020, com 4093 entrevistas efetivas presenciais, que decorreram em dias de semana e ao fim de semana.

As entrevistas foram proporcionais ao fluxo de clientes por dia da semana, estação e períodos horários, tendo os clientes sido selecionados de modo aleatório, sendo abordados nas zonas de átrio, corredores e cais.

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Os transportes públicos têm vindo a adaptar a sua oferta de acordo com o estado de emergência que se vive atualmente no país, com um novo confinamento geral e com os cidadãos sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário e o teletrabalho obrigatório sempre que possível.

Em 25 de janeiro, o metro começou a aplicar o horário de verão, nos dias úteis, nas linhas Amarela e Azul, tendo em conta a redução de utentes devido ao novo confinamento.

O Metro destacou que os ajustamentos “têm como pressuposto manter o limite máximo de dois terços da capacidade permitida em cada comboio” e que as medidas serão reavaliadas em permanência.

A empresa explicou ainda que nas linhas Vermelha e Verde irá manter a oferta a 100%, na sua capacidade máxima disponível, sem alterações à oferta nos dias úteis, embora admita que o serviço nestas linhas poderá “ser ajustado, em função dos níveis de procura que se vierem a verificar”.

Os horários e intervalos de circulação aos fins de semana e feriados vão manter-se com a já anunciada redução de seis para três carruagens em cada comboio em todas as linhas.

Portugal atingiu na quinta-feira novos máximos diários ao registar 303 mortes relacionadas com a covid-19 e 16.432 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A Covid-19 já matou em Portugal 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.