Nem oito, nem oitenta. Manuel Alegre, histórico socialista, diz não fazer parte daqueles que defendem, por “populismo” ou “demagogia”, que nenhum político deve ser prioritário na vacinação, mas, em contrapartida, critica que a lista de prioritários seja demasiado longa. “O Estado deve proteger os cidadãos e não proteger-se a si mesmo”, afirmou. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias.

Segundo aquele jornal, Manuel Alegre entende o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro devem ser prioritários na toma da vacina. Nessa lista, inclui até alguns ministros “essenciais” na gestão da atual crise pandémica, como o das Finanças, da Economia ou da Saúde.

Porém, considera que o Governo “passou do zero para o oitenta” quando decidiu incluir na lista prioritária todos os 230 deputados, bem como os titulares das magistraturas judiciais, do Ministério Público e os presidentes de câmara. “Esta prioridade dada ao aparelho de Estado”, defende, irá fazer com que algumas pessoas passem “à frente daqueles que são mesmo prioritários” — “os profissionais de saúde, tanto do público como do privado e ainda as pessoas com mais de 80 anos”.

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