O Trophée Andros anima a competição automóvel no Velho Continente quando o frio aperta e as restantes corridas estão suspensas, da Fórmula 1 ao Mundial de Ralis. Desde 1990 que este troféu proporciona corridas espectaculares, em pistas desenhadas no gelo, em estâncias de esqui. Se inicialmente eram mecânicas a gasolina a impulsionar os modelos de competição, estas cederam depois o seu lugar aos motores eléctricos, alimentados por baterias. Tudo sem limitar o espectáculo, abrindo apenas mão do ruído que emocionava e das emissões que poluíam.

4 fotos

A edição deste ano, a segunda exclusivamente com modelos 100% eléctricos, foi composta por cinco provas, realizadas em Andorra (em 18 e 19 de Dezembro), Isola 2000 (8 e 9 de Janeiro), Serre Chevalier (16 e 17 de Janeiro), Lans en Vercors (22 e 23 de Janeiro) e Val Thorens (29 e 30 de Janeiro). E nem a pandemia impediu o sucesso da competição, com uma média de seis equipas e 13 carros por corrida, nas estreitas e sinuosas pistas geladas, onde a competição é tão espectacular quanto os toques nos muros de gelo e entre os concorrentes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

10 fotos

Todos os veículos participantes têm de obedecer ao regulamento técnico do troféu Andros, que permite um chassi tubular com quatro rodas motrizes e direccionais, sendo estas a solução para descrever mais rapidamente os apertados ganchos dos traçados. O motor está limitado a 340 cv, mas uns impressionantes 1600 Nm, o mesmo fornecido pelo W16 do Bugatti Chiron. O peso, curiosamente, não ultrapassa os 1130 kg, o que só é possível devido à opção de montar uma pequena bateria de até 33 kWh (com 240 kg), uma vez que as mangas são relativamente curtas.

No final dos cinco fins-de-semana de competição, em que foram disputadas 10 corridas, além das mangas de qualificação, o vencedor foi o Renault Zoe com Jean-Baptiste Dubourg ao volante, que reuniu 560 pontos, seguido de Aurélien Panis (513) num Audi A1, e de Yann Ehrlacher num AS-01 (um modelo similar aos patrocinados pelas marcas, mas sem semelhanças estéticas a qualquer outro carro no mercado), com 505 pontos, a fechar o top 3. De seguida classificou-se Nathanaël Berthon (495), num Peugeot e-208, batendo Nicolas Prost (num Zoe), Benjamin Riviere (num e-208) e Olivier Pernaut (num A1).