O PS propôs este domingo que seja dada prioridade imediata à vacinação contra a covid-19 do presidente, vice-presidentes do parlamento e que os restantes deputados sejam vacinados em fase posterior, “nas semanas e meses seguintes”.

A proposta consta de uma carta, a que a Lusa teve acesso, enviada ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, pela líder do grupo parlamentar dos socialistas, Ana Catarina Mendes, e em que também se sugere a criação de um grupo de trabalho no parlamento, com representação de todos os partidos, para fazer um “plano interno” de vacinação.

O presidente e vice-presidentes “devem constar do grupo a ser vacinado de imediato, como primeira prioridade na Assembleia da República, evoluindo-se para os restantes grupos nas semanas e meses seguintes, de forma articulada com o ritmo do plano nacional e como já resultava do pedido do primeiro-ministro”, lê-se na carta, assinada por Ana Catarina Mendes.

O plano de vacinação no parlamento está envolto em polémica desde sábado, depois de 12 deputados do PSD, incluindo o seu líder Rui Rio, terem pedido para sair da lista enviada por Ferro Rodrigues ao Governo para serem vacinados por discordarem de “uma opção tão alargada” – o que “surpreendeu muito negativamente” Ferro Rodrigues, segundo disse à Lusa uma fonte do seu gabinete.

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Na carta, assinada por Ana Catarina Mendes, lembra-se que a vacinação dos deputados “decorre do plano de vacinação” e que só acontecerá depois se serem vacinados “residentes em lares, internados em cuidados continuados, profissionais de saúde e profissionais essenciais das forças de segurança e das Forças Armadas”.

A ser seguida esta proposta, apenas seriam vacinados, na próxima semana, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e dois vice-presidentes, Edite Estrela (PS) e António Filipe (PCP). Os outros dois vices, Fernando Negrão (PSD) e José Manuel Pureza (BE), recusaram ser vacinados nesta fase.

A lista inicial enviada na sexta-feira por Ferro Rodrigues a António Costa, que no início da semana pediu ao parlamento o envio da lista com os deputados considerados prioritários, ficou assim reduzida de 50 para 38, e teve de ser retificada.