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Mo Salah foi ao Estádio Olímpico de Londres sprintar como Bolt para igualar recorde de Rush com 36 anos (e dar a vitória ao Liverpool)

Este artigo tem mais de 3 anos

Após uma primeira parte sem golos nem oportunidades, Mo Salah abriu o livro, bisou em dois lances fantásticos e deu vitória ao Liverpool em Londres frente ao surpreendente West Ham (1-3).

Mo Salah marcou assim o segundo golo numa fantástica jogada iniciada na área contrária com dois passes longos de Alexander-Arnold e Shaquiri até chegar ao egípcio
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Mo Salah marcou assim o segundo golo numa fantástica jogada iniciada na área contrária com dois passes longos de Alexander-Arnold e Shaquiri até chegar ao egípcio

Justin Setterfield

Mo Salah marcou assim o segundo golo numa fantástica jogada iniciada na área contrária com dois passes longos de Alexander-Arnold e Shaquiri até chegar ao egípcio

Justin Setterfield

O Tottenham de José Mourinho até perdeu na receção ao Liverpool na passada quinta-feira, naquela que foi a primeira vitória dos reds após uma série de três empates e duas derrotas na Premier League que por pouco não igualou o ponto mais baixo de Jürgen Klopp desde que chegou a Anfield, mas num ponto o português tinha razão: se existem alguns jogadores insubstituíveis, Virgil van Dijk é um deles. E o grande segredo para a redenção dos campeões, como se percebeu com o passar dos encontros desde a grave lesão do holandês no dérbi com o Everton, passava bem mais por recuperar valências perdidas do que propriamente colmatar a sua vaga na defesa. “Às vezes o processo defensivo tem ligação à perda de um avançado e o processo ofensivo tem ligação à perda de um defesa. Não é uma contradição, uma equipa que é estável cá atrás tem muito melhores condições para atacar e vice-versa. Daí que o Van Dijk seja tão importante”, destacara antes do jogo o técnico dos spurs.

Agora nem Mourinho teve dúvidas: ganhou a melhor equipa, que foi o Liverpool de Klopp (a besta negra do técnico português)

O primeiro golo da vitória por 3-1 no Tottenham Hotspur Stadium, que coincidiu com o primeiro golo do Liverpool na Premier League em 2021 após 315 minutos, mostrou bem um desses pontos: Bergwijn defendeu demasiado por fora na primeira linha de pressão, o central adaptado Jordan Henderson teve tempo para subir e lançar longo sem pressão e Sadio Mané, recebendo nas costas da defesa contrária, só teve de assistir para Firmino. Essa era uma das grandes valências de Van Dijk, que aumentava e muito as formas de visar a baliza contrária. Mas, além de toda a segurança defensiva (e basta recordar que em agosto de 2019 foi fintado 65 jogos depois…), fazia também diferença nas bolas paradas ofensivas, na capacidade de subir linhas e na solidez do corredor central, aspetos que também explicaram a quebra num mês e meio que permitiu Manchester City e United saltarem para a frente.

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“Se ainda estamos no mercado à procura de um central? Não sei se vamos conseguir mas pelo menos tentamos… É engraçado quando se pensa ‘Ah, o Liverpool está bem com a situação, não se preocupa e não tenta’. Não, nós não estamos bem e estamos a tentar mas não há nada a dizer até alguma coisa acontecer, vamos ver. A situação ontem [após o jogo com o Tottenham] não tornava isso mais fácil mas continuamos a tentar fazer a coisas de forma correta, vendo se é possível contratar alguém”, destacou Jürgen Klopp em conferência, falando dos problemas físicos não só de Fabinho para também de Matip, que se juntavam às ausência de Van Dijk e Joe Gomez. Com o mercado a fechar, o clube estava atento a todas as oportunidades; em campo, com ou sem reforço, o técnico alemão tentava dar continuidade ao triunfo com o Tottenham e logo com nova deslocação a Londres para defrontar um West Ham com seis vitórias seguidas e que ocupava um surpreendente quinto lugar na Premier League.

Não foi fácil mas, mais do que nunca, a inspiração individual acabou por resgatar o coletivo, com Mo Salah a bisar com dois grandes golos que abriram a vitória por 3-1 frente aos hammers e a reforçar a posição como o melhor marcador da Premier League apesar de ter estado 545 minutos sem marcar no Campeonato desde os dois golos ao Crystal Palace a 19 de dezembro entre dois outros registos: tornou-se o primeiro desde Michael Owen no início do século a marcar 15 ou mais golos em quatro épocas consecutivas na liga e também o primeiro a igualar o registo de Ian Rush em 1984/85 com 20 ou mais golos em todas as provas em quatro temporadas seguidas. Com isso, o Liverpool subiu ao terceiro lugar e ficou a quatro pontos do líder Manchester City.

Com Philips a voltar à titularidade perante a confirmação das ausências de Fabinho e Matip, Klopp viu-se também obrigado a mexer no ataque com as saídas de Sadio Mané por lesão e de Firmino por opção (começou no banco) e as apostas em Shaquiri e Origi. O meio-campo, com Wijnaldum e Milner no apoio a Thiago Alcântara, manteve o bom rendimento e a defesa não foi propriamente um problema no primeiro tempo apesar das constantes ameaças do poderoso Michail Antonio mas o ataque, com Mo Salah demasiado desacompanhado, continuava a ser o tal quebra cabeças para Klopp que só encontrara respostas este ano civil na deslocação ao terreno do Tottenham.

No entanto, e já depois de um remate perigoso de Antonio muito perto do poste da baliza de Alisson, Salah apareceu e resolveu: primeiro, numa jogada que começou no recém entrado Curtis Jones, trabalhou bem na área descaído sobre a direita, puxou a bola para o pé esquerdo e rematou em arco para o 1-0 sem hipóteses para Lukasz Fabianski (57′); depois, no seguimento de um canto do West Ham partindo da entrada da sua área, fez um sprint até à baliza contrária como aqueles que valeram três medalhas de ouro a Usain Bolt neste mesmo Estádio Olímpico nos Jogos de 2012 e, com um domínio fantástico, encostou para o 2-0 numa jogada que começou com a variação longa de Alexander-Arnold para Shaquiri e a assistência de primeira na profundidade do suíço (68′). Wijnaldum, concluindo mais uma boa jogada coletiva, aumentou para 3-0 (84′) antes do golo de honra para os visitados, apontado por Craig Dawson na sequência de uma bola parada, a três minutos do final.

[Clique nas imagens para ver os golos do West Ham-Liverpool em vídeo]

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