A Europol alertou esta segunda-feira para a produção e consequente venda de testes negativos falsos para a deteção da infeção com o coronavírus. O organismo europeu de polícia avança que já foram apreendidos várias falsificações em aeroportos do Reino Unido, Espanha e França, sendo que algumas redes que comercializavam testes falsos para o SARS-CoV-2 já foram desmanteladas.

O objetivo por detrás da venda de testes falsos passa por permitir a realização de viagens entre países da União Europeia e do Reino Unido, que requerem um despiste à infeção com o vírus que causa a Covid-19 antes da chegada ao seu território. “Enquanto as restrições de viagens permanecer devido à pandemia, é muito provável que os criminosos continuem a vender testes falsos”, afirma a Europol.

A polícia europeu denuncia algumas situações que ocorreram no aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris, e no Reino Unido (em que os testes eram vendidos por 100 libras, cerca de 113 euros). Também dá conta de que em dezembro, em Espanha, a polícia do país conseguiu desmantelar uma rede de testes falsos, que os vendia por 40 euros.

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Há ainda a suspeita de que a rede irlandesa Rathkeale Rovers Organised consiga falsificar testes a partir de uma aplicação móvel. O caso está a ser investigado pela Europol, que pede aos estados-membros para compartilhar as informações que possam ter sobre o assunto.

A Europol destaca ainda que “devido aos meios tecnológicos disponíveis, como impressoras de alta qualidade e software, os autores da fraude são capazes de produzir documentos contrafeitos com bastante qualidade”.

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