Os trabalhadores da Petrogal (Grupo Galp Energia) manifestam-se esta terça-feira contra o encerramento da refinaria de Matosinhos ainda este ano.
A decisão foi anunciada pela administração em dezembro de 2020 na qual mostrou o desejo de transportar as operações da refinaria para o complexo energético de Sines, encerrando assim o edifício de Matosinhos.
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, também vai participar nos protestos e fala em “mais de 500 postos de trabalho” destruídos pelo fecho da refinaria.
O protesto teve início na manhã desta terça-feira em frente à sede da Petrogal (Torres de Lisboa), seguindo-se uma deslocação até à residência oficial do primeiro-ministro, em Belém, por volta do meio-dia.
O jornalista do Observador, Tomás Chagas, esteve em direto da manifestação e fala em “reconfiguração” e “emprego” como as “palavras de ordem” dos trabalhadores.
As cerca de 80 pessoas presentes em frente à sede da empresa demonstraram o seu desagrado através de bombos, panelas, megafones e cartazes.
Percorremos 300 quilómetros para defender a refinaria de Matosinhos, os nossos postos de trabalho e os nosso rendimentos”, revelou Telmo Silva, trabalhador na refinaria.
O mesmo manifestante fala em “destruição da zona de Matosinhos” caso o encerramento avance e descreve como “fria” a forma que a administração utilizou para informar a CMVM da decisão.
Os manifestantes acusam a direção de procurar os fundos europeus e não o que é “mais importante” para a empresa e para os trabalhadores.