A 11 de novembro, um homem de 66 anos, doente e que vivia sozinho, foi encontrado morto no seu apartamento em Viena por uma vizinha que o costumava ajudar. Esta, sem conhecimento da existência de qualquer familiar, avisou a polícia, segundo contou mais tarde à rádio ORF, noticia o jornal britânico The Guardian.

Ficou a pensar que o corpo tinha sido recolhido e enterrado, mas, para seu espanto, descobriu que permanecia intacto no mesmo apartamento, a 27 de janeiro, quando lá entrou com um notário para ajudar a procurar um eventual testamento. Tinham passado dois meses depois de a câmara ter sido avisada do que se passava.

O diretor do departamento de saúde da capital austríaca, Nikolaus Salzer, considera este episódio como “infeliz” e fruto de “circunstâncias e problemas de comunicação” entre a equipa de saúde e os serviços funerários que se terão “esquecido” de ir buscar o corpo.

Nikolaus Salzer revelou ainda que foi aberto um inquérito e uma investigação interna para apurar o que falhou em todo este caso “sem precedentes”.

“Ainda estamos a tentar descobrir se há algum familiar que gostaria de organizar o funeral”, reagiu o porta-voz dos diretores funerários municipais, Florian Keusch em declarações à AFP. Caso não haja um familiar ou amigo para organizar a cerimónia, esta será realizada pela Câmara Municipal.

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