A Casa Branca declarou esta quinta-feira “apoio total” para a “Força Espacial”, edificada pela administração do Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.
“[As intenções de criar uma “Força Espacial”] têm absolutamente o apoio total da administração Biden”, frisou a porta-voz para a imprensa da Casa Branca, JenPsaki, quando questionada pelos jornalistas sobre se o Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, apoiava este novo ramo das Forças Armadas norte-americanas ou, pelo contrário, se optaria por extinguir ou diminuir a sua intervenção.
“Não vamos revisitar a decisão de estabelecer a ‘Força Espacial'”, garantiu a porta-voz.
Psaki acrescentou que cabe ao Congresso norte-americano o desmantelamento deste ramo militar e, por isso, a Casa Branca não podia, mesmo que quisesse, desmantelar a “Força Espacial”.
O Departamento da Defesa, acrescentou, tem como objetivo definido o investimento de recursos para os desafios de segurança no espaço, uma preocupação bipartidária há bastante tempo. “Milhares de homens e de mulheres servem com orgulho a ‘Força Espacial'”, referiu Psaki.
A declarações da porta-voz da Casa Branca contrastam com a maneira como abordou a questão na terça-feira e que foi interpretada como um desinteresse com um tom até jocoso da Casa Branca.
Uau. ‘Força Espacial’. É o avião de hoje”, disse a porta-voz na terça-feira, considerando que a questão sobre o modo como a administração iria lidar com uma decisão do mandato de Trump era “interessante”.
Horas mais tarde, Psaki publicou um tweet numa tentativa de reverter os efeitos das suas declarações. O congressista republicano eleito pelo Alabama Mike Rogers — que pertence ao Comité das Forças Armadas da Câmara dos Representantes — pediu que se retratasse.
We look forward to the continuing work of Space Force and invite the members of the team to come visit us in the briefing room anytime to share an update on their important work.
— Jen Psaki (@PressSec) February 3, 2021
A “Força Espacial” foi fundada em dezembro de 2019 como o primeiro ramo das Forças Armadas a ser criado desde que a Força Aérea foi considerada um ramo independente, em 1947. Apesar de operar independentemente, o ramo é supervisionado pela Força Aérea.
Há atualmente mais de 2.000 militares envolvidos nesta força e a intenção é expandir para 6.400 até ao final do ano.