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De líder a oitavo, com duas vitórias em dez jogos e três derrotas seguidas: a queda de Mourinho no Tottenham não tem fim

Este artigo tem mais de 3 anos

Tuchel deixou elogios a Mourinho antes do jogo mas o outrora mestre levou uma lição do novo aluno da Premier. Vinícius ficou perto do golo mas antes só houve Chelsea (0-1, em mais um penálti "dado").

Thomas Tuchel voltou a ganhar e não sofreu golos nos primeiros três jogos pelo Chelsea, algo que só acontecera antes com... Mourinho (2004)
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Thomas Tuchel voltou a ganhar e não sofreu golos nos primeiros três jogos pelo Chelsea, algo que só acontecera antes com... Mourinho (2004)

Clive Rose

Thomas Tuchel voltou a ganhar e não sofreu golos nos primeiros três jogos pelo Chelsea, algo que só acontecera antes com... Mourinho (2004)

Clive Rose

José Mourinho será para sempre uma peça chave na carreira de Frank Lampard, Frank Lampard será para sempre uma peça chave na carreira de José Mourinho. Até aqui, ninguém tem dúvidas. No entanto, e ao contrário de vários outros exemplos, o antigo médio teve uma forma diferente de tentar descolar da sombra do português na passagem para a pele de treinador: com muito respeito, agradecido pelo passado, a querer ser melhor no presente para ter um futuro tão ou mais auspicioso. E caminho escolhido nesse intuito colocou um clima de tensão na dupla, como se viu esta época nos jogos para a Premier League e para a Taça da Liga. No entanto, e também aqui, Mourinho soube fazer a separação entre esses episódios e a ligação a Lampard, como se percebeu após o seu despedimento.

Mourinho soma mais um recorde e vai de mal a pior: Tottenham perde com única equipa que ainda não tinha ganho em casa

“Não me parece que o Frank queira falar agora comigo ou com alguém que não faça parte do seu círculo familiar e de amigos mas fico sempre triste quando um colega fica sem trabalho e o Frank não é apenas um colega, é uma pessoa importante na minha carreira. Lamento por ele. É a brutalidade do futebol, especialmente do futebol moderno. Quando nos tornamos treinadores sabemos que mais cedo ou mais tarde vai acabar por acontecer com toda a gente”, comentou após a saída do inglês do Chelsea, num discurso que nas entrelinhas tinha algo da forma como foi também dispensado (a peso de ouro) pelos blues. As baterias, essas, não demoraram a ficar apontadas ao seu sucessor, Thomas Tuchel. Até por forma a desviar a pressão de uma equipa que nas últimas jornadas só ganhou duas vezes e que podia ser mais uma vez ultrapassada em caso de derrota, caindo para o oitavo lugar.

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“O Chelsea é sempre o Chelsea. Mudaram o treinador mas não os jogadores. Têm muitos bons jogadores e muito potencial no plantel. Tinham um bom treinador com Frank [Lampard], que estava a fazer um bom trabalho, e têm um bom treinador agora com Tuchel. Vem de uma liga que não pode ser comparada à Premier League mas está habituado a trabalhar com jogadores de alto calibre e com balneários com jogadores importantes. Vai encaixar bem num clube como o Chelsea. A liga francesa é muito competitiva, à exceção do PSG, num campeonato diferente. Um treinador entra para a elite quando tem sucesso nas ligas de topo, nas ligas de outra dimensão. O maior desafio para um treinador é trabalhar nas melhores ligas. Neste momento a Premier é a mais desafiante”, referiu Mourinho no lançamento da partida, onde teve também oportunidade de anunciar em termos públicos que conseguiu numa conversa explicar a Dele Alli a importância que poderia ter para a equipa estando ao melhor nível.

“Se Mourinho era um modelo a seguir? Sinceramente, quando comecei a minha carreira ele estava tão longe de sê-lo como está a Lua da Terra. Eu estava a treinar na academia quando fui promovido aos campeonatos seniores, desde aí que tenho aproveitado todos os dias. Não tenho dúvidas de que ele é um dos melhores treinadores do mundo e que criou um Tottenham competitivo e muito forte. Esse é o nosso desafio. Com a construção do novo estádio, eles [Tottenham] entraram na elite dos melhores clubes da Europa e em Inglaterra, sem dúvida. Ausência de Harry Kane? Posso diz que tudo fica mais fácil quando não está apto para jogar. Harry Kane é um dos melhores avançados do Mundo, um exemplo de um ‘9’ que todos os treinadores desejam para as suas equipas”, respondeu Thomas Tuchel, que se estreou em Stamford Bridge com um empate sem golos frente ao Wolverhampton e que, na última ronda, venceu também em casa do Burnley, aproximando-se dos primeiros lugares da classificação.

Era neste contexto de respeito e elogios que chegava o dérbi de Londres, onde os dois conjuntos chegavam numa posição onde uma derrota deixaria os lugares da Champions a sete pontos após novo desaire do Liverpool em casa diante do Brighton (que na última jornada tinha ganho aos spurs). E a “fava”, essa, voltou a sair à casa: pela primeira vez na carreira, e ao 327.º encontro, Mourinho perdeu dois jogos seguidos em casa, naquele que foi também o terceiro desaire consecutivo dos spurs na Premier League e que, pelo que se passou sobretudo nos 75 minutos iniciais de jogo, pecou até por escasso perante o domínio que este novo Chelsea conseguiu impor. Ao todo, nos últimos dez encontros, o Tottenham ganhou apenas dois, fez 11 pontos em 30 e desceu… da liderança.

O Chelsea não demorou a deixar o primeiro aviso. Literalmente: logo nos primeiros segundos, e no seguimento de um lançamento largo para a zona entre os centrais, Timo Werner desviou pouco ao lado da baliza de Lloris. Esse seria uma espécie de aviso para o jogo “inquinado” que se veria na primeira parte: apesar da lesão de Thiago Silva, que teve de dar lugar a Christensen, os blues foram melhores a todos os níveis, dominando sobre o corredor central com Jorginho e Kovacic perante um regresso de Mourinho à linha de quatro com Höjberg, Sissoko e Ndombelé a perderem a batalha com os movimentos para dentro e para fora de Mount e Hudson-Odoi. Novamente sem Harry Kane, uma baixa de um verdadeiro imprescindível como se voltou a ver, o Tottenham começou de novo com uma referência na frente (Carlos Vinícius) mas com Son a jogar mais no seu meio-campo do que na frente.

Ainda assim, e mesmo terminando com o dobro dos passes, muito mais cantos, mais remates (o único de perigo dos visitados foi de Aurier numa bola parada) e uma maior posse, o Chelsea conseguiu apenas marcar de grande penalidade, com Eric Dier a rasteirar, no chão, Timo Werner, em mais um castigo máximo perfeitamente evitável que voltou a punir a equipa por não ter sido desperdiçado por Jorginho, que marcou o 1-0 (24′).

[Clique na imagem para ver o golo do Tottenham-Chelsea em vídeo]

No segundo tempo, e apesar das entradas de Lucas Moura e Lamela, o conjunto de Tuchel continuou sempre muito melhor e mais confortável em campo, foi somando mais oportunidades para fechar o “jogo” entre (mais) um lance infeliz de Dier e uma grande defesa de Lloris a defesa de Mount, fez substituições diretas que deram outra frescura física sem retirar qualidade (como a entrada de Kanté para o lugar de Kovacic) e o Tottenham somou a terceira derrota consecutiva no Campeonato de uma forma natural que a diferença nem expressou o que se passou, apesar de um bom remate de Lamela para defesa apertada de Mendy que poderia ainda ter dado o empate (78′) e um cabeceamento de Carlos Vinícius que rasou o poste da baliza visitante apenas a três minutos do final.

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