A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) evocou “a força justa das vítimas de uma guerra injusta”, numa carta aberta aos portugueses, assinalando o 60.º aniversário das primeiras hostilidades nas antigas colónias lusas.

Não podemos perder a memória. Hoje passam 60 anos sobre o início da Guerra Colonial. A História é inequívoca no sofrimento que a Guerra Colonial provocou. Não é data para comemorar ou celebrar. É momento histórico que gera consciência na sociedade portuguesa e nas gerações mais jovens, com o nosso contributo como deficientes militares que não deixam esquecer que foi carne e sangue que lá deixámos”, lê-se.

Para os responsáveis da ADFA, “este dia 04 de fevereiro marca a crueza do início do sofrimento que fez de todos os deficientes militares ‘a força justa das vítimas de uma guerra injusta'”. “Contamos com os órgãos de soberania, com todas as entidades oficiais e com a instituição militar para nos ajudarem a viver num tempo difícil, em que as nossas doridas recordações e deficiências de guerra violentam uma terceira idade agora marcada pela pandemia”, continua o texto.

A ADFA foi fundada em 14 de maio de 1974 e tem como missão assegurar os direitos dos deficientes militares, sendo atualmente presidida por Manuel Lopes Dias.

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