A Amazon decidiu tornar-se verde, reduzindo o seu impacto no meio ambiente. Como não possui uma actividade industrial, o corte nas emissões poluentes visa sobretudo reduzir a emissão gerada pelos veículos de distribuição – aqueles que levam os livros e restantes encomendas do centro de distribuição à porta da sua casa.

Para o conseguir, a Amazon começou por adquirir furgões eléctricos a construtores convencionais, mas a autonomia reduzida e os elevados custos levaram-na a investir 700 milhões de dólares no negócio dos furgões a bateria, assumindo uma participação na Rivian, um jovem construtor de veículos eléctricos a quem muitos antecipam um grande futuro.

Além de investir na Rivian, a Amazon, na altura ainda sob a batuta do seu fundador Jeff Bezos, encomendou-lhe 100.000 furgões eléctricos, concebidos especificamente de acordo com o caderno de encargos de um vendedor de artigos online. A versão definitiva destes veículos comerciais vai começar a ser entregue ainda este ano mas, para apressar o desenvolvimento, alguns dos primeiros protótipos foram colocados ao serviço da Amazon há cerca de quatro meses, assegurando a entrega de encomendas na zona de Los Angeles. As conclusões extraídas destas experiências permitirão introduzir pequenas alterações nos veículos, de forma a optimizar o seu funcionamento.

Durante este ano, e assim que começar a receber os primeiros veículos produzidos em série, a Amazon vai alargar as entregas a mais 15 cidades norte-americanas, começando igualmente a instalar pontos de carga nos EUA e na Europa. Isto porque o projecto passa pela possibilidade de recarregar a bateria enquanto o furgão é carregado.

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“Estamos a adorar o entusiasmo dos nossos clientes em relação ao novo veículo eléctrico de distribuição”, revelou o director global da frota, Ross Rachey, salientando que se trata de “um dos mais rápidos programas de electrificação”.

Aos 700 milhões de investimento na Rivian e à encomenda de 100.000 veículos de distribuição soma-se ainda o investimento no fabricante de veículos eléctricos de uma parte do Fundo de Compromisso Climático da Amazon, dotado com um total de 2,65 mil milhões de euros.