A operadora do jogo Wynn Macau registou prejuízos operacionais de 740 milhões de dólares (617 milhões de euros) em 2020, devido ao impacto causado pela pandemia, de acordo com dados divulgados pela empresa.

A Wynn, que opera dois casinos na capital do jogo mundial e cuja maioria do capital é norte-americano, registara em 2019 lucros operacionais de 805,5 milhões de dólares (671 milhões de euros). Contudo, o impacto da pandemia e as medidas para travar a Covid-19 na capital mundial do jogo fizeram com que os casinos registassem perdas históricas.

Já as perdas de EBITDA(lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) em 2020 atingiram os 236,8 milhões de dólares (197 milhões de euros), comparativamente aos 1,37 mil milhões de dólares (1,14 mil milhões de euros) positivos registados em 2019.

Com a imposição de restrições fronteiriças e com a suspensão dos vistos turísticos da China (o maior mercado turístico de jogo para Macau), cuja emissão foi retomada no final de setembro, os casinos de Macau sofreram perdas sem precedentes, ainda que a partir de outubro tenham registado uma tímida recuperação, em receitas e nas operações.

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Desta forma, nos últimos três meses de 2020, a operadora registou um melhor desempenho.

“Em Macau, a gradual e ponderada flexibilização das restrições de visitantes permitiu-nos regressar à rentabilidade do EBITDA Ajustado no quarto trimestre, com particular força no nosso negócio de massa ‘premium'”, apontou, em comunicado, o presidente executivo do grupo Wynn Resorts, Matt Maddox.

O EBITDA ajustado nos últimos três meses do ano foi de 39,4 milhões de dólares (32,8 milhões de euros), uma clara melhoria em relação ao resultado negativo de 112 milhões de dólares (93,4 milhões de euros) nos três meses anteriores

Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, MGM, Venetian (Sands China) e Melco, exploram o jogo em Macau.

Os casinos de Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (cerca de cinco mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação a 2019, ano em que a região administrativa especial chinesa recebeu quase 40 milhões de turistas.