Um grupo de professores denunciou que há educadores que estão a ser “coagidos” a violar o confinamento obrigatório e a ir trabalhar para as escolas dar aulas online, por falta de computadores e outros equipamentos. Numa ccarta aberta enviada ao secretário de Estado da Educação, João Costa, a que o Diário de Notícias tem acesso, este grupo não identificado acusa o Ministério de Educação de não estar a cumprir a lei e de mandar centenas de trabalhadores “apanhar Covid” — isto porque não têm ou se recusam a ceder gratuitamente computadores e outros equipamentos para que possam ficar em casa a trabalhar.

Na carta, intitulada “Carta aberta dos professores desconfinados à força” é dito que os professores “estão a ser coagidos a ceder os seus equipamentos, para poder trabalhar e ficar em casa, sem que o Ministério peça o seu consentimento, como a lei exige ou sequer compense tal uso coativo”.

A coação concretiza-se na imposição, para um trabalho que pode ser feito em teletrabalho, da deslocação ao local de trabalho“, lê-se ainda na carta.

Um dos diretores de agrupamento que esteve em reuniões com o secretário de Estado da Educação, João Costa, denunciou ao Diário de Notícias que o governante disse, quando questionado, “que aqueles [professores] que não têm condições para estar em teletrabalho têm de ir para as escolas”.

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