O advogado e antigo militar de Abril Manuel Bastos Matos morreu esta sexta-feira em Coimbra, aos 73 anos, disseram amigos à agência Lusa.

Ainda em janeiro, Manuel Matos tinha sido hospitalizado de urgência num serviço dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), após ter sido infetado com Covid-19.

Natural do concelho da Murtosa, no distrito de Aveiro, o advogado exercia a profissão num escritório que detinha há vários anos na Baixa de Coimbra, perto do Palácio da Justiça.

Manuel Matos, solteiro, vivia sozinho numa casa na cidade do Mondego, onde há cerca de duas semanas, já gravemente doente, foi assistido pelos bombeiros e conduzido às urgências dos HUC, onde morreu na tarde desta sexta-feira, segundo alguns amigos.

Quando eclodiu a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, estava a cumprir o serviço militar como capitão, em Coimbra, tendo assumido responsabilidades locais nas operações do Movimento das Forças Armadas (MFA) que levaram ao derrube da ditadura fascista.

O então oficial miliciano integrou depois a Comissão de Extinção da PIDE-DGS, a polícia política do regime de António Salazar e Marcelo Caetano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR