A Câmara de Braga quer classificar as fontes históricas da cidade, iniciando o processo com a Fonte do Pelicano, uma estrutura de traça barroca localizada na Praça Municipal, conforme consta da proposta que será votada segunda-feira em reunião camarária.

“A Fonte do Pelicano é um monumento de elevado valor cultural, artístico e patrimonial que, apesar de ter sofrido algumas alterações com a sua deslocação para a Praça Municipal já no século XX, é testemunho de uma época áurea da história da cidade”, refere o vereador do Património da câmara de Braga, Miguel Bandeira, citado em comunicado.

Situada na Praça Municipal, a Fonte do Pelicano é uma estrutura compósita de traça barroca mandada edificar entre 1741 e 1756 por José de Bragança, arcebispo de Braga, e com desenho do arquiteto bracarense André Soares.

De acordo com Miguel Bandeira, a Fonte do Pelicano é a primeira de um conjunto de cinco fontes históricas que a Câmara de Braga pretende classificar como Bem de Interesse Municipal durante este ano.

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A lista inclui a Fonte do Castelo (Largo do Paço), a Fonte do Campo das Hortas, a Fonte de Santiago e a Fonte do Largo Carlos Amarante.

A Câmara de Braga acrescenta que “a Fonte do Pelicano apresenta um estado de degradação acentuado, sendo visíveis em todos os elementos a presença de líquenes, fungos e musgos”.

“A par da falta de alguns elementos pétreos, a estrutura possui também algumas fissuras. Nesse sentido, configura-se necessária uma intervenção urgente de limpeza, manutenção e reparação de fissuras e uma adequada e ponderada ação de conservação e restauro dos elementos pétreos”, acrescenta a autarquia.

O local original onde esta fonte foi erguida não é conhecido, ainda que a Câmara de Braga aponte para o jardim do antigo Paço Arquiepiscopal. Mais tarde a fonte foi desmontada e levada para o Parque da Ponte.

Inaugurada na Praça Municipal, a 30 de novembro de 1967, a Fonte do Pelicano é composta por cinco taças dispostas ao centro por uma taça mais elevada relativamente às restantes e ladeada por outras quatro taças mais pequenas, as quais são rematadas por um grupo escultórico e inseridas num tanque quadrilobado, que assenta numa base circular formando dois degraus, sendo estes dois últimos elementos construídos já no século XX e são da autoria do arquiteto municipal Cortez Marques.