Jornalista há oito anos na estação de televisão chinesa de língua inglesa CGTN, Cheng Lei foi inicialmente mantida pelas autoridades chinesas numa casa vigiada em local desconhecido, onde esteve seis meses isolada do mundo exterior e sujeita a interrogatório. Agora, o governo australiano revela que foi oficialmente presa pelas autoridades chinesas no dia 5.
#Shakeshack's first #Beijing store set to open in 12 hours' time…the staff are psyched! Loving the Beijing touches in food and decor. Opening ceremony will feature pedicabs and pesky Beijing uncles! Make shakes, not war pic.twitter.com/kkMZVZxw9r
— Cheng Lei (@ChengLeiCGTN) August 11, 2020
(Última publicação da jornalista na rede social Twitter aconteceu a 11 de agosto, três dias antes de ser detida)
Segundo a nota publicada pelo executivo australiano, desde que foi detida a 14 de agosto do ano passado, Cheng Lei recebeu seis visitas de oficiais da embaixada australiana, a última das quais a 27 de janeiro. “Esperamos que os padrões básicos de justiça, equidade processual e respeito pelos direitos humanos sejam assegurados, de acordo com as normas internacionais”, afirma o governo australiano na nota.
Detida em 14 de agosto por acusações desconhecidas, a jornalista, que cobria assuntos relacionados com economia e negócios, tem dois filhos menores (de nove e 11 anos), atualmente a viver com a sua família na cidade de Melbourne. A detenção da jornalista aconteceu quando as relações entre os dois países se deterioraram ao Camberra lançar uma investigação sobre a pandemia da Covid-19, levando a represálias comerciais por parte da China.
