O escritor, realizador e argumentista francês Jean-Claude Carrière, que trabalhou ao lado de Luis Buñuel, Jacques Deray e Milos Forman, entre outros, morreu na segunda-feira à noite com 89 anos, disse a filha à AFP. O escritor, que não sofria de nenhuma doença em particular, morreu “durante o sono” na sua casa parisiense, disse Carrière.

“Uma homenagem” ser-lhe-á em breve prestada em Paris e ele deverá ser enterrado na sua aldeia natal, Colombières-sur-Orb, na região de Hérault, no sul de França, disse também a filha. Definindo-se como um “contador de histórias”, Jean-Claude Carrière escreveu cerca de 60 guiões e cerca de 80 livros (histórias, ensaios, traduções, ficção, guiões, entrevistas).

Também foi ator, dramaturgo e escreveu letras para Juliette Gréco, Brigitte Bardot e Jeanne Moreau. Em 2015 recebeu um Oscar honorário pelo seu trabalho como ator e roteirista. Jean-Claude Carrière colocou a sua vida sob o signo de “encontros, amizades e mestres da vida”, tais como o Dalai Lama, com quem escreveu um livro, ou o cineasta espanhol Luis Buñuel, com quem colaborou durante dezanove anos até à sua morte.

Um bibliófilo, apaixonado pelo desenho, astrofísica e vinho, amante do Tai-Chi-Chuan (arte marcial), Jean-Claude Carrière foi sempre muito activo apesar da sua idade. Em 2018, escreveu um último ensaio, “La vallée du néant” (O Vale do Nada), e em 2020, co-escreveu o guião do filme de Philippe Garrel “Le sel des larmes” (O Sal das Lágrimas).

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