O processo da vacinação contra a Covid-19 esteve na origem da demissão de doze dos vinte membros do Conselho Nacional Operacional da Liga dos Bombeiros, avança o JN. Jaime Marta Soares, presidente da Liga, acusa-os de “impor uma situação sem legitimidade” e rejeita as críticas.

José Rodrigues, comandante de Peniche, denunciou ao JN o adiamento da vacinação, que começaria esta semana, e critica o processo de escolha dos bombeiros a ser vacinados, no qual as associações têm de eleger apenas metade dos seus operacionais. “Não escolho metade dos bombeiros. Todos saem para socorrer pessoas, sem vacina e, muitos, sem equipamento de proteção recomendado”, afirma.

Para discutir o tema da vacinação, o Conselho Nacional Operacional, um órgão com funções consultivas, queria reunir com urgência com a direção executiva da Liga dos Bombeiros. No entanto, segundo José Rodrigues, a Liga não marcou qualquer data para uma eventual reunião.

Como tal, os conselheiros consideram que a sua função de aconselhamento está a ser ignorada pela direção executiva: “Só faz sentido existirem conselheiros se forem ouvidos, podendo assim assessorar o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses na tomada de decisão”, afirmou José Rodrigues.

Por seu turno, o presidente da Liga de Bombeiros rejeita as críticas do Conselho Nacional Operacional. Jaime Marta Soares afirma que o CNO apenas se reúne antes de encontros do Conselho Nacional da Liga, sendo que este ano ainda não ocorreu nenhum. Além disso, acusa o órgão de consulta de “imporem uma situação sem legitimidade”. E diz mesmo que cada um é livre de se “demitir”.

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