Os EUA avisaram os imigrantes indocumentados que tencionem entrar no seu território que “este não é o momento” para o fazerem, adiantando que “a grande maioria vai ser rechaçada“, afirmou a porta-voz da Casa Branca durante a sua conferência de imprensa diária.

Jen Psaki adiantou que esta situação deve-se à pandemia do novo coronavírus e ao facto de o governo do presidente Joe Biden, empossado em 20 de janeiro, ainda não ter tido tempo para iniciar “um processo integral e humano para processar as pessoas que chegam à fronteira“. “Os processos de asilo na fronteira não vão ser alterados de imediato e vai levar tempo a concretizá-los”, acrescentou.

A porta-voz admitiu que este é um “tema sensível” para o próprio presidente Biden, mas admitiu que vai ser preciso “tempo” para avançar e parceiros para concretizar “um processo integral e um sistema que permita o processamento na fronteira dos candidatos a asilo”. Em 20 de janeiro, o governo de Biden anunciou a suspensão, a partir do dia seguinte, das inscrições no programa “Permaneçam no México”, que permitiu ao governo anterior expulsar para o país vizinho os candidatos a asilo.

O governo de Biden anunciou também que “os participantes atuais” do programa Protocolos de Proteção a Migrantes (MPP, na sigla em Inglês) “devem ficar onde estão, à espera de mais informação oficial do governo dos EUA“.

Sob o programa “Fiquem no México”, o governo de Trump enviou mais de 60 mil pessoas sem documentos, que tinham cruzado a fronteira, para o Estado vizinho, para aí esperarem pela comparência perante juízes, um trâmite que podia levar meses.

Antes desta medida de Trump, as detenções na fronteira com o México de migrantes sem documentos estavam a subir, tendo chegado a 132.856 em maio de 2019.

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