O líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, pediu esta quarta-feira que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) sancionem de forma simultânea os responsáveis por violações de direitos humanos na Venezuela.

Num comunicado, Leopoldo López reiterou a necessidade do apoio internacional, tanto para enfrentar a “crise humanitária” sofrida pelos venezuelanos, como para conseguir eleições “livres” no seu país.

A origem da crise migratória venezuelana não é um conflito bélico ou um desastre natural, é uma crise criada por uma ditadura corrupta e criminosa, que fez com que milhões de venezuelanos tivessem de deixar o país”, disse o político.

Portanto, é essencial manter a pressão para construir um caminho para “eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis na Venezuela”, acrescentou.

Esse apoio internacional, afirmou, consistiria em punir pessoas identificadas como violadores dos direitos humanos na Venezuela.

“Uma mensagem muito clara seria uma sanção simultânea dos Estados Unidos e da Europa contra quem manda e contra quem pratica essas violações dos direitos humanos. No momento, existem mais de 350 presos políticos venezuelanos e pessoas que estão a ser torturadas e perseguidas pelo regime de Nicolás Maduro”, disse.

López também apreciou o facto de a Colômbia recentemente ter decidido acolher legalmente cerca de dois milhões de venezuelanos, aproximadamente, que fugiram da crise no seu país. O líder da oposição considerou que o exemplo do Presidente colombiano, Iván Duque, “pode ser ouvido e compreendido pelos demais países da América Latina”.

“Acredito que a Colômbia está na vanguarda, inclusive dos Estados Unidos e da Europa, em matéria de migração, de uma forma que respeite os direitos humanos e a dignidade dos migrantes e também com o país que os recebe”, disse López, que chegou a Espanha em 25 de outubro, onde se encontra exilado após fugir da Venezuela.

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