Cerca de 300 ninhos de vespa asiática foram eliminados no concelho de Arganil em 2020, o que traduz uma redução de 39% destas ocorrências relativamente ao ano anterior, anunciou esta quarta-feira a Câmara Municipal.

Esta diminuição do número de ninhos presentes no território e respetiva desativação das colónias (…) é resultado do intenso e continuado trabalho de combate a esta espécie invasora realizado pela autarquia, que foi reforçado no terreno pelas Equipas de Intervenção Permanente (EIP) das corporações de bombeiros de Arganil e de Coja”, no início de 2020, afirma a autarquia em comunicado.

O município presidido por Luís Paulo Costa realça que “Arganil encerrou o ano de 2020 com 290 ninhos de vespa velutina eliminados“, o que representa uma “contundente resposta à presença da vespa asiática no concelho e ao seu enorme potencial de propagação”.

O combate desta espécie invasora, nativa das regiões tropicais e subtropicais do Sudeste Asiático, incluiu “a instalação de uma rede de 350 armadilhas por todo o concelho, entre março e abril, para atração de vespas fundadoras”, o que possibilitou conter a proliferação de ninhos a neutralizar ao longo do ano.

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Segundo a nota, a estratégia adotada permitiu ainda reduzir “os impactos gerados por estas colónias para a população e ecossistemas”, tendo a distribuição das armadilhas no concelho tido em conta os “locais onde foram detetados ninhos” em 2019.

Desde que o primeiro caso foi detetado no território, em 2016, foram eliminados 735 de ninhos de vespa asiática”, refere a autarquia, no distrito de Coimbra, que já destinou cerca de 25 mil euros à eliminação deste inseto predador, 18.500 dos quais em 2020.

“Os esforços que temos empenhado no combate a esta problemática têm dado frutos. E isso reflete-se não só na expressiva redução deste tipo de vespa no concelho, como no aumento da eficácia e prontidão na desativação dos ninhos”, sublinha Luís Paulo Costa, citado na nota.

Com três equipas no terreno, “o tempo médio de resposta às solicitações das pessoas, no último ano, diminuiu para três dias”, acrescenta o autarca.

A rapidez na desativação do ninho revela-se de máxima importância para o controlo da vespa asiática, por se reduzir o tempo de vida da colónia e impedir a sua proliferação, mitigando as consequências para os setores mais afetados por este problema, como o agrícola, o florestal e, em particular, o da apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora de abelhas”, explica a Câmara de Arganil.

Para este ano, está igualmente prevista a colocação de novas armadilhas, “nos locais onde foram detetados ninhos nos últimos 12 meses, com o objetivo de capturar as fêmeas fundadoras antes da formação de novos ninhos, evitando a reprodução e o aumento da população” desta vespa invasora.