As pessoas que tenham recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19, seja a Pfizer/BioNtech ou a Moderna, não têm de ficar em quarentena caso tenham tido contacto com alguém infetado ou suspeito de estar contagiado. A recomendação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América foi conhecida na quarta-feira.

Isto não significa que as pessoas totalmente vacinadas deixem de ter cuidados. O uso de máscara, a distância social, o evitamento de espaços mal ventilados ou de multidões, bem como a lavagem frequente de mãos são comportamentos que continuam a ser recomendados.

Pessoas totalmente vacinadas que correspondem aos critérios já não serão obrigadas a ficar em quarentena após a exposição a alguém com Covid-19”, cita a CNN.

Mas há critérios a seguir além da dupla vacinação, como o facto de terem passado pelo menos duas semanas após a segunda inoculação (são precisas duas semanas para criar imunidade após a segunda toma). A quarenta continua a ser recomendada no caso de pessoas que receberam a última dose há mais de três meses ou na eventualidade de apresentarem sintomas. Se os três critérios assinalados estiverem em falta, esclarece o CDC dos EUA, devem ser seguidas as orientações atuais face à quarentena quando em causa está um contacto de risco.

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Na Nota do CDC lê-se ainda que os “os benefícios individuais e sociais de evitar a quarentena desnecessária podem superar o risco potencial, mas desconhecido, de transmissão”. A recomendação de dispensar a quarentena para pessoas com imunidade derivada da vacina “alinha-se com as recomendações de quarentena para aqueles com imunidade natural”.

Esses critérios também podem ser aplicados ao considerar as restrições de trabalho para profissionais de saúde totalmente vacinados com exposições de alto risco, como uma estratégia para aliviar a falta de pessoal”, assinala o CDC.

Pessoas vacinadas mas que estejam hospitalizadas e residentes em unidades de saúde devem continuar a ficar em quarenta em caso de contacto com alguém infetado. E quem tenha recebido as duas doses da vacina deve, ainda assim, ficar atento a eventuais sintomas nos 14 dias seguintes após um contacto com uma pessoa contagiada.

Na recomendação, o CDC salienta ainda a informação limitada face ao quanto as vacinas podem reduzir o risco de transmissão e quanto tempo dura essa proteção, além de que a eficácia das vacinas contra as novas variantes não é conhecida.