A farmacêutica AstraZeneca, que em conjunto com a Universidade de Oxford desenvolveu uma vacina contra a Covid-19, desmentiu esta sexta-feira a notícia avançada esta manhã de que teria oferecido a alguns governos europeus um acordo “paralelo”, à margem do plano europeu, para fornecimento de vacinas adicionais.

A notícia tinha sido avançada esta manhã pelo Euractiv. Citando declarações que terão sido prestadas pelo primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babiš, a parlamentares checos, o Euractiv indicava que este país estaria entre as quatro nações a quem a farmacêutica se teria disponibilizado para entregar doses adicionais, mais rapidamente, a troco de um pagamento através de uma empresa no Dubai.

O primeiro-ministro checo terá confidenciado, segundo a notícia original, que “ao mesmo tempo que a AstraZeneca estava a recusar-se a entregar as 80 milhões de doses prometidas à União Europeia, recebemos múltiplas propostas para comprar esta vacina – não só nós como outros três primeiros-ministros europeus”. Seria uma entrega, alegadamente, que implicava um pré-pagamento de 50% a uma empresa intermediária no Dubai.

O primeiro-ministro checo terá, ainda, acrescentando: “Acreditem em mim, nós teríamos certamente aproveitado esta oportunidade se fosse realista. Mas não podemos fazê-lo, claro, porque temos os acordos com a União Europeia e temos de os respeitar”.

Ao mesmo meio de comunicação social que avançou com a notícia, mas algumas horas depois, a AstraZeneca terá enviado um desmentido formal: “Não há qualquer verdade nesta notícia. O nosso enfoque atualmente é cumprir os ambiciosos objetivos de produção, definidos com governos e organizações internacionais de saúde, o mais rapidamente que seja possível para ajudar a acabar com a pandemia”.

A farmacêutica alega que “não há qualquer fornecimento de vacinas pela via privada” pelo que “se alguém ofereceu vacinas por essa via isso significa que serão, provavelmente, vacinas contrafeitas – pelo que devem ser rejeitadas e denunciadas às autoridades”.

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