O piloto Miguel Oliveira (KTM) disse esta sexta-feira acreditar “ter o que é preciso para ser campeão” mundial de MotoGP, à margem da apresentação das novas cores da equipa oficial da marca austríaca pela qual alinha no Mundial de velocidade.

Numa conferência de imprensa virtual, o piloto de 26 anos disse partir, este ano, “mais confiante” para o campeonato que arranca em 28 de março, no Qatar, e mostrou-se convicto de que irá lutar pelo título.

“No ano passado, vinha de uma lesão no ombro, com um processo lento de recuperação e, mentalmente, não é a mesma coisa. Deu-me mais força mas também mais insegurança, pois tinha de provar que ainda podia pilotar, competir e estar a bom nível. Este ano é diferente, venho de boa forma e com confiança“, sublinhou Oliveira.

O piloto português, que vai para a terceira temporada na categoria rainha do Mundial de velocidade, revelou que a “abordagem” para este campeonato “é uma abordagem conhecida por quem entra para disputar um título”, encarando “corrida a corrida”, tentando “amealhar o maior número de pontos possível”, pois esta será “uma época do desconhecido, onde não se sabe se o calendário será cumprido na íntegra ou não”.

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“No ano passado, o campeonato foi muito apertado. Numa temporada em que não há um líder claro, de alguém que se isola, dá a ideia aos outros pilotos que podem lutar pelo campeonato. Acredito em mim e que tenho o que é preciso para lutar pelo campeonato. Preciso da consistência de campeão. É o que é preciso para ser campeão”, destacou Miguel Oliveira, que já foi vice-campeão de Moto3 e, também, de Moto2.

Miguel Oliveira espera “fazer melhor do que em 2020” no Mundial de MotoGP

Para atingir o objetivo, sabe que precisa “melhorar a qualificação”: “Estar mais à frente na grelha dá-me mais oportunidades em corrida e é isso que conta para somar mais pontos. Como ponto de partida, o ideal seria melhorar a qualificação”, explicou ainda.

O português considera que em 2021 voltará a haver vários pilotos a vencer corridas, depois de em 2020 terem sido nove os pilotos diferentes a subirem ao lugar mais alto do pódio. “Vai estar tudo muito aberto como no ano passado. [O espanhol] Joan [Mir] foi o mais regular e, por isso, foi o campeão, com muito mérito. Será um dos rivais mais fortes, mas não gosto de deixar ninguém de fora. Há muitos pilotos fortes que podem lutar por vitórias. Mas lutar pelo campeonato será diferente”, sublinhou.

O piloto da KTM, que este ano luzirá com maior evidência as cores do principal patrocinador, uma marca de bebidas energéticas também austríaca, que em 2020 patrocinava a Tech3, considerou ainda que a categoria de “MotoGP é muito competitiva, especialmente nas últimas épocas em que todos têm peças de fábrica”, pelo que “é provável” que possa haver “mais pilotos a vencer” corridas.

“Dá um pouco de magia ao campeonato. Estamos mais habituados a outro tipo de competição, com o [espanhol] Marc [Márquez] a dominar na pista. Este ano será uma incógnita. Mas estou à espera da minha oportunidade”, concluiu o piloto português.

Primeiro regresso confirmado: MotoGP regressa a Portugal em abril (com ou sem público, ainda não se sabe)

Miguel Oliveira terminou a edição de 2020 do Mundial de MotoGP na nona posição, com 125 pontos e duas vitórias somadas, mais uma do que o campeão, o espanhol Joan Mir (Suzuki).

Em 2021, o piloto português cumpre a terceira época na classe rainha do Mundial de velocidade, campeonato em que se estreou em 2011 na classe de 125cc. Desde então conquistou 14 vitórias, seis na categoria de Moto3, seis na de Moto2 e duas em MotoGP.

Na temporada que arranca em 28 de março, no circuito de Losail, no Qatar, há 19 provas confirmadas, incluindo o GP de Portugal, que volta a realizar-se em Portimão, agora a 18 de abril.