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Error 404: o velho Alisson não foi encontrado, Klopp já não sabe com quem contar e o Liverpool voltou a perder

Este artigo tem mais de 3 anos

Depois dos erros contra o City, Alisson voltou a comprometer e abriu caminho à reviravolta do Leicester, que impôs ao Liverpool a 3.ª derrota seguida (3-1). Reds podem ficar a 13 pontos da liderança.

Leicester City v Liverpool - Premier League
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Getty Images

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Foi uma das notícias da semana — tal como acontece sempre que a vida, ou o fim dela, interrompem o ciclo normal de jogos, antevisões, conferências de imprensa, treinos e aquecimentos. A meio da semana soube-se que a mãe de Jürgen Klopp, Elisabeth, tinha morrido. E que o treinador alemão, a viver em Inglaterra, estava impedido de se deslocar à Alemanha devido às restrições de mobilidade provocadas pela pandemia.

“Significava tudo para mim. Uma verdadeira mãe no melhor sentido da palavra. Como cristão devoto, sei que agora está num lugar melhor. Vivemos tempos terríveis mas, quando as circunstâncias permitirem, realizarei a maravilhosa comemoração que ela merece”, disse Klopp, em declarações a um jornal alemão. Nas redes sociais, o Twitter demonstrou o apoio ao treinador da forma mais característica possível: you’ll never walk alone, “nunca caminharás sozinho”, tal como diz a histórica música que entoava em Anfield quando os adeptos ainda enchiam as bancadas dos estádios.

No olho do furacão daquele que é, provavelmente, o momento mais complexo que atravessa desde que chegou a Liverpool, Klopp chegava este sábado àquele que era, provavelmente, o jogo mais complicado que tinha de orientar na carreira. Com apenas três vitórias nas últimas 11 partidas — um período que inclui a eliminação da Taça de Inglaterra e uma goleada sofrida em casa contra o Manchester City –, os reds entravam em campo a dez pontos da liderança dos citizens e com Chelsea e West Ham já a espreitarem a subida ao quarto lugar.

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O adversário, porém, era um dos mais apetecíveis. Contra o Leicester, no King Power Stadium, uma vitória significava para o Liverpool chegar ao terceiro lugar e esquecer, ainda que sempre de forma ligeira, as difíceis últimas semanas. “Estamos nisto juntos. Não há motivos para preocupação, não estamos a apontar o dedo uns aos outros. Nada de mau há para dizer sobre o ambiente [no balneário] mas não estamos propriamente a voar. Se não consegues bons resultados semana sim, semana não, é normal que isto aconteça. Resta-nos lutar porque ninguém nos vai ajudar. Houve bons sinais nas últimas semanas que nos mostram que não estamos assim tão longe”, disse Jürgen Klopp na antevisão ao 300.º jogo que fazia ao comando do Liverpool.

Nessa mesma conferência de imprensa, porém, o treinador alemão confirmou novamente que as lesões são mesmo o grande adversário do Liverpool esta temporada e que Fabinho, médio brasileiro que tem sido adaptado a central devido às ausências no setor defensivo, ia falhar a visita ao Leicester devido a um problema muscular. Sobre Diogo Jota, que estava num enorme momento de forma quando se lesionou em dezembro na Liga dos Campeões, Klopp explicou que o internacional português só vai voltar “dentro de duas a três semanas”. Assim, e sem Fabinho, o Liverpool jogava com Ozan Kabak no centro da defesa — reforço de inverno, proveniente do Schalke 04, que se estreava nos reds –, ao lado de Henderson, e com Curtis Jones, Wijnaldum e James Milner na zona do meio-campo, atrás do habitual trio ofensivo.

Numa primeira parte que terminou sem golos — e onde Klopp esteve quase sempre sentado e claramente longe da energia habitual –, o Liverpool teve quase sempre mais bola e mais presença no meio-campo adversário mas acabou por ser o Leicester, em jogadas de transição ofensiva, a criar as melhores oportunidades. Os reds voltaram a ser atingidos pelo azar ainda antes de estarem cumpridos os primeiros 20 minutos, com Milner a lesionar-se e a ser substituído por Thiago Alcântara, mas a verdade é que os passes longos de Henderson ou de Alexander-Arnold, que encontravam Mané e Salah em rápida transição ofensiva, conseguiam desmontar a defensiva do Leicester. O melhor exemplo disso mesmo apareceu logo nos minutos iniciais, com Henderson a descobrir Salah já praticamente na grande área, mas o avançado egípcio atrapalhou-se com a bola e os oponentes e não conseguiu rematar (9′). Certo é que, com tudo isto, o Liverpool assemelhava-se mais ao Liverpool que na temporada passada conquistou o futebol inglês.

Com o avançar do relógio, porém, o Leicester — onde Ricardo Pereira era titular — começou a procurar esticar mais o jogo e a aproveitar o ritmo alto a que a partida estava a ser disputada. Com contra-ataques muito rápidos e desenhados sempre com enorme discernimento, a equipa de Brendan Rodgers transportava a confiança de estar a defender bem para a zona mais adiantada do terreno e soltava frequentemente a profundidade de James Vardy. O avançado acertou em cheio na trave depois de um passe de Maddison (42′) e ficou na cara de Alisson, com o guarda-redes brasileiro a levar a melhor (45′), e ao intervalo ficava claro que o Liverpool tinha tido mais bola e mais fluxo ofensivo mas que o Leicester, em dois ou três acelerações, já poderia ter inaugurado o marcador.

Nenhum dos treinadores mexeu ao intervalo e depressa se percebeu que a lógica da segunda parte seria a mesma da primeira: o Liverpool a entrar melhor e com mais bola mas o Leicester, a espaços, a chegar com perigo à grande área de Alisson. Trent Alexander-Arnold teve nos pés uma das melhores oportunidades do jogo, com um livre direto que esbarrou na trave de Schmeichel (57′), mas o golo estava reservado para o melhor marcador da Premier League. O mesmo Alexander-Arnold rematou de fora de área, a bola desviou num adversário e acabou por ir parar a Roberto Firmino depois de uma sucessão de ressaltos — o brasileiro, com uma roleta deliciosa, assistiu Salah de calcanhar e o egípcio atirou em jeito, de forma perfeita, para abrir o marcador (67′).

Brendan Rodgers reagiu à desvantagem com a primeira substituição, ao trocar o apagado Albrighton por Ayoze Pérez, e Klopp respondeu com a entrada de Oxlade-Chamberlain para o lugar de Curtis Jones, para oferecer alguma frescura, solidez e experiência ao setor intermédio. O empate do Leicester apareceu por intermédio de James Maddison, que atirou um livre direto na esquerda, de forma rasteira, e surpreendeu Alisson (78′) — o lance começou por ser anulado, por alegado fora de jogo de Amartey, que se fez à bola, mas acabou por ser validado. E, apenas, três minutos depois, a partida virou completamente do avesso.

Num lance de contra-ataque em que Tielemans levantou a bola, Kabak e Alisson desentenderam-se por completo e chocaram já fora da grande área, com o guarda-redes brasileiro a ficar novamente muito mais na fotografia depois dos erros cometidos contra o Manchester City. Vardy aproveitou, ganhou a bola e conduziu para a baliza deserta, confirmando a reviravolta (81′). Até ao fim, e já com o Liverpool totalmente fora do encontro, os setores desarticulados e os jogadores sem qualquer discernimento, Barnes ainda aumentou a vantagem depois de uma perda de bola dos reds a meio-campo (85′).

A 20 minutos do fim, o Liverpool parecia ter a vitória praticamente assegurada. Em seguida, com um livre sortudo de Maddison e um erro de Alisson, tudo mudou. A equipa de Jürgen Klopp voltou a perder, sofreu a terceira derrota consecutiva na Premier League (algo que não acontecia desde 2014), pode ficar a oito pontos do Manchester United e a 13 do Manchester City e ser ultrapassado pelo Chelsea e pelo West Ham. Alisson está claramente a atravessar uma fase má, Klopp já não sabe com quem contar e este Liverpool está a anos-luz do que outrora conhecemos.

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