Um terramoto de magnitude de 7.3 na escala de Richter foi registado na costa de Fukushima, no leste do Japão, este sábado.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão, “embora possa haver pequenas mudanças no nível do mar nas regiões costeiras, este terramoto não causou danos no Japão“. O epicentro foi registado a cerca de 55 quilómetros de profundidade, na costa de Fukushima, de acordo com a mesma agência. Inicialmente, foi revelado que a magnitude tinha sido de 7.1, mas o número foi mais tarde atualizado para 7.3.

Pelos menos 30 pessoas ficaram feridas em Fukushima e Miyagi, na costa nordeste, adiantou a agência de notícias Kyodo News. Tanto em Fukushima como em Miyagi o terramoto atingiu o nível seis na escala japonesa, cujo máximo é sete.

Outras zonas da costa leste e centro do Japão foram também fortemente abaladas pelo sismo, incluindo a capital, Tóquio, onde atingiu o nível quatro na escala japonesa, divulgou a agência EFE.

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De acordo com as informações avançadas por várias agências de notícias, não há qualquer alerta de risco tsunami. O site do US Tsunami Warning System também não regista nenhum alerta nesse sentido.

O sismo terá sido sentido pelas 14h07 (hora em Portugal continental; 23h07 hora local), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla original), que monitoriza a atividade sísmica em todo o mundo. Entretanto, já foram sentidas cerca de 12 réplicas, segundo a Agência Meteorológica do Japão.

A Tokyo Electric Power (TEPCO), a distribuidora de energia elétrica em Tóquio e outras regiões, informou que em mais de 830.000 casas foram registados apagões elétricos, mas a eletricidade já está a ser restabelecida.

As imagens que vão sendo publicadas nas redes sociais mostram a força do abalo.

O Governo japonês já criou uma taskforce para reunir informações e avaliar a situação, segundo a rede estadual NHK. A entidade gestora da central, precisamente a TEPCO, já indicou, após uma avaliação, que não foram detetados problemas na central nuclear de Fukushima. Também não há informação de irregularidades noutras centrais localizadas nas áreas afetadas.

Há praticamente 10 anos, a 11 de março de 2011, um sismo de magnitude 9.0 seguido de tsunami, em Sendai, a cerca de 140 km de Fukushima, provocou 19.000 mortos e desaparecidos. O tsunami atingiu as instalações da central nuclear, a eletricidade foi cortada e os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, o que levou à fusão do combustível do núcleo de três dos seus reatores. As várias explosões de hidrogénio destruíram partes dos edifícios.

Em abril de 2019, a TEPCO começou a retirar o combustível nuclear de uma das piscinas de arrefecimento de um reator, que explodiu no desastre de 2011. O abalo deste sábado não deverá, porém, ter provocado mais danos às instalações.

Fukushima: começou a ser retirado combustível nuclear de um dos reatores