O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) diz não ser “moral e eticamente aceite que quadros com responsabilidades políticas e hierárquicasse sobreponham aos operacionais da Câmara Municipal de Lisboa [CML]” para receberem vacinas contra a Covid-19. A tomada de posição, anunciada num comunicado oficial, surge depois de se saber que um vereador e uma diretora de departamento da CML  foram vacinados com as sobras da inoculação de um lar na capital.

Considerando “caricata” a “justificação supostamente apresentada por estes dirigentes” de que receberam a vacina por estarem na “linha da frente” do combate à pandemia, o STML lança duras críticas ao facto destes responsáveis autárquicos terem passado à frente “de centenas de trabalhadores, real e objetivamente na linha da frente do combate à pandemia provocada pela Covid-19”. Defendem ainda que no contexto atual, “esta postura não é um bom exemplo para todos aqueles que trabalham no Município de Lisboa, suscitando dúvidas, críticas e até desmotivação”.

Vereador e diretora de departamento da Câmara de Lisboa vacinados com sobras dos lares

Finalmente deixam um apelo não só à CML como ao próprio Governo. A Fernando Medina pedem “a definição clara das prioridades em situações semelhantes” que intervenha junto do Executivo para e das Autoridades de Saúde para que estas assumam “medidas céleres e eficazes na concretização de um plano de vacinação sério e imediato” que priorize “os profissionais que de facto têm estado na linha da frente do combate à pandemia, 24 sobre 24 horas, sete dias por semana” — trabalhadores esses que, para a organização sindical, serão todos os que “intervêm no campo da segurança, proteção e socorro da população” e também todos os que “integram os denominados serviços essenciais, enquanto elementos determinantes na salvaguarda da salubridade, saúde pública e bem-estar da população de Lisboa.”

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