O processo de eleição dos representantes da Assembleia da República para órgãos externos — cujos mandatos terminaram em outubro de 2019, quando começou a nova legislatura — continua a marinar nos corredores do Parlamento.

Em julho, Luís Patrão e Joaquim Ponte falharam a eleição para o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa, por exemplo. Dos 152 votos que precisavam para ser eleitos conseguiram apenas 137 votos a favor, com 75 votos brancos e ainda 16 votos nulos, segundo a informação divulgada no site do Parlamento.

Assis eleito para Conselho Económico e Social. Luís Patrão falha eleição para fiscalizar secretas

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Das 11 eleições que o Parlamento tem que fazer, cinco precisam de uma maioria de dois terços dos votos o que obriga a um entendimento entre os dois maiores partidos, PS e PSD.

Ao Público o PSD diz que “está à espera do PS” e que “vai manter os nomes que candidatara em julho”. Entende a bancada social democrata que as listas conjuntas não tiveram votos suficientes “porque a bancada socialista não votou em peso nos seus nomes”.

Além de Luís Patrão e Joaquim Ponte para as secretas, também Isabel Oneto, António Gameiro e Luciano Gomes falharam a eleição para o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal.

No caso do Conselho Superior de Defesa Nacional o PS candidatou José Luís Carneiro que falhou a eleição e deixou claro que não tencionava recandidatar-se.

Para o Conselho Superior de Informações (que aconselha os serviços secretos) Jorge Lacão e o social-democrata André Coelho Lima também não conseguiram ser eleitos em julho. Já a Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado ainda não tem lista feita pelos PS e PSD.