Os EUA já tiveram, durante anos, os seus fabricantes a liderar o mercado mundial na venda de veículos. Os grupos americanos General Motors (GM), Ford e Chrysler dominaram a venda de automóveis à escala global, mas esse período terminou há muito. Desde 2008, a liderança das vendas pertence aos grupos Toyota ou Volkswagen. Contudo, os EUA continuam a ser um grande exportador de veículos e, com marcas americanas, japonesas, sul-coreanas e europeias ali instaladas e viradas para também para a exportação, é curioso saber quem vende mais carros para o estrangeiro, a partir da América.

Os grupos norte-americanos estão cada vez mais concentrados no mercado doméstico, o que tem contribuído para a sua perda de peso no mercado global, o que leva os EUA e a economia local a depender cada vez mais dos fabricantes que vêm de fora, da Toyota oriunda do Japão à Hyundai e Kia da Coreia do Sul, passando pelos europeus VW, Audi, BMW e Mercedes. Todos eles aproveitam as instalações que ali montaram para exportar, maioritariamente para os restantes mercados do continente americano, mas também para a Europa e até para a China.

Consultando o Departamento de Comércio norte-americano, que controla quem exporta e o quê, verifica-se que a BMW exportou cerca de 60% dos 361.365 veículos produzidos na sua fábrica em Spartanburg, na Carolina do Sul. Isto equivale a 218.820 unidades (essencialmente os SUV X3 e X5), que perfazem um total de 8,9 mil milhões de euros. Isto significa que, mesmo que a BMW não tenha sido a marca que mais veículos enviou para o estrangeiro, foi sem dúvida a líder em termos de valor dos veículos exportados.

A Ford e a GM enviaram um maior número de unidades para o exterior, mas com valor global inferior, sendo este o critério mais relevante para o Departamento de Comércio. Por seu lado, os X3 e X5 são na maioria híbridos plug-in, apresentando um custo por unidade muito superior, apesar de não terem ultrapassado as 24.248 e as 22.964 unidades em 2020, respectivamente para o X5 xDrive 45e e para o X3 xDrive 30e.

A Tesla, com a quebra das vendas dos Model S e Y, pela antecipação entretanto do restyling já apresentado, revelou-se aquém do seu potencial, para o que também contribuiu a delegação na Gigafactory Xangai da responsabilidade de exportar para a Europa os Model 3 mais acessíveis, os Standard Range Plus.

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