O camião eléctrico da Tesla, aquele em que Elon Musk tanto confia mas que muitos colocam em causa por temerem que tenha de ocupar grande parte da sua capacidade de carga para transportar as baterias de que necessita, está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O Semi, assim se chama o tractor que será capaz de puxar 36 toneladas, será produzido logo que a Gigafactory do Texas esteja operacional, o que acontecerá antes do final do ano.
Com um caderno de encomendas em torno das 500 unidades, que recolheu após a revelação mundial em 2017, a Tesla espera entregar as primeiras unidades até ao final de 2021, tanto na versão com 300 milhas (483 km) de autonomia, proposta por 150.000 dólares, como na comercializada por 180.000 dólares, e uma bateria que lhe permite recorrer 500 milhas (805 km) entre recargas.
Sabe-se agora, porque Elon Musk o revelou no programa de rádio de Joe Rogan, que o Semi com menos autonomia tem instalada uma bateria com apenas 500 kWh, o equivalente a cinco unidades do Model S Long Range. O Semi monta exclusivamente células 4680, que são instaladas directamente num pack que é estrutural e que não necessita de instalar as células em módulos.
Esta capacidade de baterias implica que o Semi mantenha o consumo originalmente anunciado pelo construtor, em torno dos 2 kWh/milha, o que significa qualquer coisa como 124 kWh/100 km – um valor elevado que pressupõe o Semi com carga máxima. Para o camião com maior autonomia, a Tesla deverá recorrer a um pack com 1 MWh de capacidade, sempre segundo Musk, com o correspondente incremento do peso (mais de 5 toneladas) e custos.