A associação nacional de restaurantes PRO.VAR defendeu a “reabertura imediata” da linha Apoiar.pt, com reforço das dotações, eliminação dos mínimos de acesso e tetos mais elevados para empresas com perdas acima dos 40%.

“Pedimos a reabertura imediata da linha Apoiar.pt, com um reforço significativo das dotações para reforço dos apoios em relação ao ano 2020 e 2021 e em modo simples e universal, do tipo ‘SIMPLEX'”, vincou, em comunicado, a PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional.

Por outro lado, a associação quer a eliminação dos limites mínimos de acesso, “que só consideravam elegíveis aos apoios, as empresas com perdas homóloga superiores a 25%“, passando a ter apoio aos custos fixos de 20% das perdas em relação ao período homólogo. A associação notou ainda que os apoios a custos fixos deveriam ter outra base de cálculo, nomeadamente, nos 30% das quebras em relação ao período homólogo, bem como tetos máximos mais elevados para empresas com perdas acima dos 40%.

No comunicado, a PRO.VAR citou ainda dados de um estudo do Bando de Portugal (BdP) que revelou que a restauração é o setor mais afetado pela pandemia de Covid-19. A análise em causa apontou ainda que 75% das empresas têm custos fixos superiores aos calculados nos apoios concedidos (20%), que 25% têm custos superiores a 42% e metade têm custos acima de 29%.

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Concluímos por isso, que apenas 25% dos restaurantes tem apoios alinhados com as despesas fixas definidas pelo Estado, correspondentes a 20%, todos os outros, por falta de acesso (não elegível), ou escassez nos apoios, não conseguem fazer face às despesas, encontrando-se atualmente, a maioria, muito endividadas”, sublinhou a associação.

O último inquérito da PRO.VAR, realizado entre 28 de janeiro e xf6 de fevereiro, com respostas válidas de 621 estabelecimentos do setor, indicou que dois terços das empresas não estão a ter capacidade de pagar salários e 88,5% não conseguem pagar todas as despesas, estando 58,2% em insolvência.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 15.411 pessoas dos 787.059 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.