A organização não-governamental (ONG) moçambicana Osuwela anunciou que vai doar ao Hospital Central de Maputo, a maior unidade do país, 100 viseiras de proteção individual contra a Covid-19 feitas com uma impressora 3D oferecida pela Fundação Calouste Gulbenkian.
As 100 viseiras são as primeiras de um lote de 200 que a Osuwela espera oferecer por mês ao hospital para “apoiar os profissionais de saúde no seu trabalho diário de luta contra a Covid-19”, referiu uma nota da ONG.
Este exemplo demonstra como, através de soluções de investigação e desenvolvimento, é possível dar resposta a problemas reais do nosso quotidiano. Neste caso específico, a necessidade de dotar os profissionais do setor da saúde de equipamento de proteção individual, tão importante no contexto que vivemos atualmente”, disse o diretor da Osuwela, António Batel, citado na nota.
A iniciativa conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian que entregou à Osuwela, em finais de 2020, duas impressoras e os respetivos consumíveis. O apoio resulta de um concurso lançado pela fundação para atribuição de ‘kits’ de impressão 3D a instituições dos países de língua oficial portuguesa para desenvolvimento de soluções de apoio ao combate à Covid-19.
Nas impressoras a 3D são impressas por dia 10 viseiras, cada uma demora cerca de três horas a ser executada e podem ser reutilizadas, bastando apenas higienizar e substituir a película plástica transparente. “Uma vez supridas as necessidades imediatas desta unidade de saúde”, a Osuwela pretende “alargar o seu apoio a outras instituições públicas de saúde”, acrescentou.
A Osuwela é uma organização não-governamental moçambicana dedicada à promoção do desenvolvimento através da formação em ciência. Em Moçambique, o novo Coronavírus já matou 535 pessoas, do total de 50.265 casos registados, dos quais 63% estão recuperados, segundo a última atualização.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.