O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, será um dos oradores na abertura da 46.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, na segunda-feira, no regresso dos EUA a este organismo das Nações Unidas.

A sessão de abertura decorrerá por videoconferência (por causa da pandemia de Covid-19), durará dois dias e contará com discursos de 130 dignitários (o mais elevado número que este Conselho já acolheu), incluindo os do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o Presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro, ou o Presidente do Afeganistão, Mohamad Ghani.

No rol de ministros de Negócios Estrangeiros que participam da sessão do Conselho dos Direitos Humanos destacam-se os da China (Wang Yi), Rússia (Serguei Lavrov), Argentina (Felipe Carlos Solá), Chile (Andrés Allamand), México (Marcelo Ebrard), Uruguai (Francisco Bustillo) ou Espanha (Arancha González Laya).

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Na terça-feira, será a vez de Antony Blinken intervir perante o Conselho em representação do governo dos EUA que, após três anos de ausência deste organismo no mandato de Donald Trump, anunciou o seu regresso na era de Joe Biden, como país observador. Participará também na sessão de abertura o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que na sua intervenção destacará os graves efeitos que a pandemia teve nas sociedades de muitos países, referindo, nomeadamente, o aumento da discriminação racial.

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, apresentará uma visão geral da situação global das liberdades fundamentais no primeiro dia de sessões.

O Conselho durará quase um mês (até 23 de março) e discutirá a situação dos Direitos Humanos em todo o mundo, incluindo em países como Bielorrússia, República Democrática do Congo, Palestina, Sudão do Sul, Coreia do Norte, Irão, Síria ou Myanmar (antiga Birmânia).