O construtor norte-americano Ford, que já foi um dos dois maiores do mundo, está apostado em apanhar a boleia da mobilidade eléctrica para recuperar um lugar entre os três primeiros do ranking dos que mais vendem. Assim, anunciou para surpresa geral que, a partir de 2030, vai banir todos os motores de combustão, sejam eles a gasolina ou a gasóleo, e toda a sua gama será composta exclusivamente por veículos 100% eléctricos.

Ainda se estava a recuperar da surpresa do primeiro anúncio – estranho para um fabricante que ainda agora está a lançar o seu primeiro veículo eléctrico moderno, o Mustang Mach-E – e eis que a Ford avança com a segunda novidade: vai conceber um e-Fiesta, um pequeno utilitário 100% eléctrico, já em 2023. O que só é possível com um investimento de 825 milhões de euros na fábrica da marca em Colónia, para produzir os novos veículos.

Tanta rapidez na concepção do e-Fiesta só podia acontecer com um milagre, sendo que o santo milagreiro é a VW, que vendeu à Ford a sua plataforma MEB, a mesma que serve o ID.3 (mas que desta vez vai produzir um veículo bem mais pequeno).

Ford pretende fazer 600 mil eléctricos com base VW

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E tudo indica que esta mesma MEB vai igualmente servir para outros modelos a fabricar em Colónia, do Focus eléctrico ao Mondeo, passando pelas correspondentes versões em forma de SUV e crossover, para reforçar a gama.

Com tudo isto, é fácil perceber os motivos que levaram o CEO da Ford, Jim Farley, a afirmar que a incursão da Ford pelos veículos eléctricos vai obrigar a investimentos na casa dos 22 mil milhões de dólares até 2025. Farley revelou igualmente que os seus novos modelos vão montar os sistemas operativos Android e os serviços da Google após 2023, ou seja, no ano em que é suposto estrear o e-Fiesta.

Enquanto não chega o Fiesta eléctrico de série, veja aqui o que um outro Fiesta a bateria, este de competição, consegue fazer no Rallycross: