O primeiro-ministro da Georgia, Guiorqui Gakharia, anunciou esta quinta-feira a demissão por discordar da decisão do tribunal de Tbilissi que ordenou a prisão preventiva de um dirigente da oposição.

Tomei a decisão de abandonar o meu cargo”, indicou Guiorqui Gakharia após uma reunião governamental que foi retransmitida pela televisão.

Guiorqui Gakharia anunciou a decisão criticando o tribunal que, afirmou, pode colocar em risco “a saúde e a vida” dos cidadãos polarizando politicamente o país.

O opositor Nika Melia, dirigente do Movimento Nacional Unificado (MNU), um partido fundado pelo ex-presidente no exílio, Mikheil Saakachvili, foi acusado de organizar “atos de violência” em 2019.

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O tribunal da Georgia ordenou na quarta-feira a prisão preventiva sendo que o dirigente da oposição pode vir a ser condenado a uma pena de nove anos. Os apoiantes de Melia acusam as autoridades de perseguições políticas e avisaram que vão resistir às tentativas da polícia de o colocar em prisão preventiva.

Nika Melia encontra-se neste momento em Tbilissi na sede do partido onde decorreu uma reunião, na quarta-feira, que contou com a participação de quase todas as formações políticas da oposição que demonstraram apoio ao condenado.

A detenção de Melia pela polícia pode agravar a crise política no país que começou logo após as eleições do passado mês de outubro. A oposição acusa o governo de fraude eleitoral.