O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, novo coordenador da task force para o plano de vacinação contra a Covid-19, esclareceu esta sexta-feira que o plano não vai sofrer alterações em relação ao que havia sido delineado sob a gestão de Francisco Ramos.

Em comunicado de imprensa, a coordenação task force confirmou que, dentro da fase de distribuição de vacinas em que o país se encontra neste momento, 90% das vacinas serão administradas aos cidadãos mais vulneráveis em contexto de pandemia — pessoas com idade superior a 50 anos e morbilidades associadas; ou com mais de 80 anos.

Os restantes 10% de vacinas serão reservados ao setor da saúde, mas vão progressivamente ser administradas também a outros “setores críticos e essenciais”, como Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros. A ideia, concretiza o comunicado, é “salvar vidas” em primeiro lugar; e, depois, “conferir resiliência à resposta do Estado”.

O comunicado surge depois de o Expresso ter publicado na última quinta-feira que o novo coordenador da task force tinha redefinido as prioridades na base do plano de vacinação para enfrentar a escassez de vacinas.

Ao jornal, o vice-almirante disse que a realocação de dezenas de milhares de vacinas para os cidadãos mais vulneráveis era “um exemplo de adaptação do plano às condicionantes exteriores, preservando e focando a resposta no que é, de momento, mais premente e essencial”.

Henrique Gouveia e Melo confirmou também que a readaptação traduz-se num “enfoque superior ao objetivo de salvar vidas” porque “já foram reforçados os grupos mais prioritários da saúde e dos serviços críticos e essenciais”.

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