O treinador do Benfica, Jorge Jesus, voltou este sábado a frisar que a sua equipa é a única entre os primeiros classificados que ainda não beneficiou de uma grande penalidade na I Liga portuguesa de futebol esta época.

Em conferência de imprensa, no Seixal, o técnico garantiu que o topo da estrutura do futebol do clube, “treinador, presidente e Rui [Costa]”, têm consciência dos motivos pelos quais o Benfica está a 13 pontos da liderança e apontou a ‘mira’ às arbitragens dos últimos jogos para explicar parte dos insucessos da equipa.

“O Benfica é [a única] das equipas que está na frente que à 20.ª jornada não tem uma grande penalidade. Uma equipa, normalmente, super ofensiva e não há uma grande penalidade a favor. Não tenho falado nisso, nestes últimos quatro jogos, mas não sou eu que digo, toda a gente viu as penalidades que o Benfica tem tido a favor e não são marcadas, menos o VAR neste último jogo”, atirou o treinador ‘encarnado’.

De seguida, Jesus admitiu que “há muitos ‘ses'” envolvidos nesta análise, mas frisou que o que tem acontecido à sua equipa “é factual” e, depois, virou-se para a suspensão de Weigl, que vai ficar de fora do encontro de domingo, frente ao Farense, após completar uma série de cinco cartões amarelos frente ao Moreirense, por alegada simulação de grande penalidade.

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“Já vi várias vezes esse lance, a primeira ação é a que o Weigl é derrubado dentro da [grande] área, depois cai, não cai, porque ele é alemão, se fosse ‘portuga’ caía logo ali, mas ele tem uma formação diferente. É uma grande penalidade, é penalizado, ficámos sem o jogador e ainda por cima não foi marcada a grande penalidade”, criticou o treinador.

Polémicas à parte, Jesus voltou a considerar que tudo pode ainda acontecer no campeonato, apesar da distância de 13 pontos que separa a sua equipa do líder, o Sporting, e sublinhou que esta é “a competição mais importante”, uma vez que é por aí que o clube se qualifica para a Liga dos Campeões e que “tem outras possibilidades financeiramente”. “São muitos pontos” em atraso, admitiu o treinador, mas lembrou que “ainda há 45 para disputar” e que os adversários também podem atravessar uma crise sanitária e de resultados.

“Há coisas [para] que não estás preparado, como eu não estava, como treinador, para o que me aconteceu durante dois meses. Sei lá se não pode acontecer aos outros”, notou.

Nesse sentido, o técnico garantiu que a equipa mantém o mesmo objetivo de chegar ao primeiro lugar e dividiu o percurso em diferentes etapas. “Neste momento, tens de passar a primeira barreira, que é o terceiro classificado. Depois tens de passar a segunda, que é o segundo classificado. É neste pensamento que acreditamos, ainda há 45 pontos em disputa, há muito campeonato. Como é óbvio, tens de ganhar, mas nós acreditamos que ainda há muita coisa para ser decidida no campeonato português”, assumiu.

A equipa do Benfica viaja este sábado para o Algarve, onde defronta no domingo o Farense, 15.º classificado com 17 pontos, em partida da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, marcada para as 20:15, no Estádio de São Luís, em Faro, com arbitragem de Hugo Miguel (Lisboa). Os ‘encarnados’ seguem em quarto lugar na classificação do campeonato, a dois pontos do Sporting de Braga, a três do FC Porto e a 13 do líder Sporting.