Boavista, Benfica, Marítimo, Gil Vicente, P. Ferreira e Portimonense. Pela primeira vez esta temporada, o Sporting alcançou seis vitórias consecutivas na Primeira Liga, menos uma do que o melhor do ano, do FC Porto, que ganhou durante sete jornadas seguidas. Se abrirmos o leque a todas as competições, juntando também a Taça da Liga, os leões levam agora oito vitórias seguidas, a melhor sequência de resultados dos últimos dois anos.

Rúben liga mais a avisos do que a elogios. Mas merece um verdadeiro elogio da loucura (a crónica do Sporting-Portimonense)

Ora, nesta temporada, o Sporting tem uma percentagem de 82% de vitórias, a maior dos últimos 61 anos nos primeiros 28 jogos da época. E a isso, como é óbvio, nunca poderá estar alheio Rúben Amorim: o treinador leonino tornou-se este sábado o primeiro técnico português a conseguir oito vitórias seguidas em tão poucos jogos, juntando-se aos registos dos ingleses Randolph Galloway e Robert Kelly. No meio de tudo isto, o Sporting sofreu apenas três golos em casa nos últimos quatro meses, com o Gil Vicente, o Moreirense e o Rio Ave.

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Com a vitória deste sábado frente ao Portimonense, os leões garantiram desde logo que vão pelo menos manter as distâncias para os principais rivais, sendo que dilataram provisoriamente a vantagem para o FC Porto (13 pontos), para o Sp. Braga (14 pontos) e para o Benfica (16 pontos). Na flash interview, Rúben Amorim lembrou que tem sido “um inverno difícil para todos, com muitos jogos nestes campos”, face à chuva intensa que caiu durante toda a partida e que acabou por ir deteriorando as condições do relvado de Alvalade. “Todos os treinadores vão dizer para jogar simples, ver se o terreno dificulta e meter mais bola na frente. Não com chutão para a frente mas a colocá-la na frente e a lutar pela segunda bola. Tentámos algumas vezes manter a ideia de jogo mas dificultou muito, porque a bola demorava muito a chegar ao Adán. Diante do Portimonense, sem uma referência na frente, era complicado jogar. Mas optámos por apostar na velocidade, temos essa característica”, começou por dizer o treinador leonino, que fez uma análise rápida à partida.

“Estivemos muito bem na primeira parte, a pressionar, o nosso segundo golo aparece assim. Fomos fortes na bola parada, soubemos procurar o espaço, o homem livre. O Portimonense apresentou-se muito baixo, sempre a procurar o Beto na profundidade, mas também os alas. Mas como estavam baixos acabou por não facilitar. Foi uma vitória justa. Na segunda parte voltámos a ter espaço para ter mais bola mas não conseguimos. Desta vez foi pelo estado do terreno. Podíamos ter feito mais golos mas a vitória é justa”, explicou, garantindo depois que a vitória foi importante “principalmente para os adeptos”. “Eles gostam da forma de jogar da equipa e, como equipa grande, não podemos ter dias de folga. Jogámos da mesma maneira, talvez com os mesmos defeitos, mas com virtudes. Estou muito orgulhoso e agora é preparar o próximo jogo”, completou Amorim.

O técnico dos leões deu ainda um esclarecimento sobre a lesão de Paulinho, que falhou a partida depois de uma lesão sofrida num tendão durante um treino. “Teve uma lesão no último treino mas como queria jogar não nos disse. À noite teve queixas e o doutor viu. Não faço ideia do tempo [de paragem] mas parece-me que é difícil que vá ao Dragão. Temos outros jogadores disponíveis e estaremos preparados”, garantiu.

Já João Palhinha, que foi considerado o melhor jogador da partida, acabou por afastar a pergunta sobre o polémico cartão amarelo que viu contra o Boavista — sendo que, esta semana, o Tribunal Arbitral do Desporto deve anunciar uma decisão sobre o recurso apresentado pelos leões, já depois de um tribunal civil ter autorizado que o médio português jogasse na partida seguinte, o dérbi com o Benfica. “Só estou focado no meu trabalho e naquilo que tenho de fazer dentro de campo. Espero que esta novela acabe. Tem-se falado tanto que só quero que termine. Estou sempre concentrado no que tenho de fazer e não ligo nenhuma a isso”, atirou Palhinha.